Grêmio Libertador

Sem onze horas

Mais um empate às 11h. Nesse horário ridículo, onde dá pena de ver os jogadores correrem atrás da bola pra Globo lucrar mais, não conseguimos fazer outro resultado importante para a briga pelo título. É o horário que o Douglas tá esperando o churrasco terminar de ser assado enquanto toma uma cerveja. Não tem como se concentrar no jogo se o corpo pede um almoço. E, assim, sem sorte, vai ser difícil buscar a diferença. Precisamos de tropeços dos  líderes, a banha que conseguimos acabou de acabar. Tudo por causa dessa merda de horário duas vezes seguidas. E da falta de habilidade da comissão técnica em aprender a jogar nesse horário.

O público foi ótimo. 46 mil pessoas. E o Grêmio, vitorioso no par ou ímpar, tentou usar o fator caldeirão, jogando o adversário de costas pra Geral no segundo tempo. Tentamos colocar um pouco mais de intensidade, mas jogávamos contra um treinador pós-graduado em Grêmio que levou um time diferente da quinta em 9 posições. Um time muito inferior, que só poderia conseguir alguma coisa assim como jogou: marcando o máximo possível, tentando contra-atacar e com bastante sorte. Foram oito chutes a gol nossos no primeiro tempo, mas só dois na goleira. A produtividade do primeiro tempo dava aquela impressão de que o gol era apenas questão de tempo. Não fizemos por detalhes.

Wallace controla a bola. Não deu. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

No segundo tempo, porém, a tática do Coritiba começou a fazer efeito. Com menos de quinze minutos, Grohe desaba em função de estar jogando ainda gripado e com o sol do meio-dia na cabeça. E ao mesmo tempo a estratégia caldeirão mais nos prejudicou do que ajudou. Até pressionar o adversário mais descansado ajudava ele a ficar mais inteiro, pois reduzindo o time na intermediária deles, eles ficavam na sombra. Um a um vimos os nossos atletas sucumbirem: Douglas, Galhardo, Marcelo Oliveira, todos esbaforidos, todos entregues. E aí, mesmo sem dar muito perigo, o Coritiba cresceu. A zaga passou a ganhar todas as bolas na velocidade. Luan e Fernandinho que o digam, foram desarmados na hora de matar o jogo em duas oportunidades.

Se jogar às onze é uma merda, dois jogos seguidos é muito pior. De nove pontos disputados, apenas 3 conseguidos. E contra dois adversários ganháveis. Volta Ramiro, volta Mamute. Precisamos de opções. E morre, horário maldito.

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