Mais um empate às 11h. Nesse horário ridículo, onde dá pena de ver os jogadores correrem atrás da bola pra Globo lucrar mais, não conseguimos fazer outro resultado importante para a briga pelo título. É o horário que o Douglas tá esperando o churrasco terminar de ser assado enquanto toma uma cerveja. Não tem como se concentrar no jogo se o corpo pede um almoço. E, assim, sem sorte, vai ser difícil buscar a diferença. Precisamos de tropeços dos líderes, a banha que conseguimos acabou de acabar. Tudo por causa dessa merda de horário duas vezes seguidas. E da falta de habilidade da comissão técnica em aprender a jogar nesse horário.
O público foi ótimo. 46 mil pessoas. E o Grêmio, vitorioso no par ou ímpar, tentou usar o fator caldeirão, jogando o adversário de costas pra Geral no segundo tempo. Tentamos colocar um pouco mais de intensidade, mas jogávamos contra um treinador pós-graduado em Grêmio que levou um time diferente da quinta em 9 posições. Um time muito inferior, que só poderia conseguir alguma coisa assim como jogou: marcando o máximo possível, tentando contra-atacar e com bastante sorte. Foram oito chutes a gol nossos no primeiro tempo, mas só dois na goleira. A produtividade do primeiro tempo dava aquela impressão de que o gol era apenas questão de tempo. Não fizemos por detalhes.
No segundo tempo, porém, a tática do Coritiba começou a fazer efeito. Com menos de quinze minutos, Grohe desaba em função de estar jogando ainda gripado e com o sol do meio-dia na cabeça. E ao mesmo tempo a estratégia caldeirão mais nos prejudicou do que ajudou. Até pressionar o adversário mais descansado ajudava ele a ficar mais inteiro, pois reduzindo o time na intermediária deles, eles ficavam na sombra. Um a um vimos os nossos atletas sucumbirem: Douglas, Galhardo, Marcelo Oliveira, todos esbaforidos, todos entregues. E aí, mesmo sem dar muito perigo, o Coritiba cresceu. A zaga passou a ganhar todas as bolas na velocidade. Luan e Fernandinho que o digam, foram desarmados na hora de matar o jogo em duas oportunidades.
Se jogar às onze é uma merda, dois jogos seguidos é muito pior. De nove pontos disputados, apenas 3 conseguidos. E contra dois adversários ganháveis. Volta Ramiro, volta Mamute. Precisamos de opções. E morre, horário maldito.