Sem pensamento mágico

2 Postado por - 27 de maio de 2015 - Artigos

Ao contrário de muitos, o anúncio da contratação do Roger como treinador não me empolgou. Confesso que, hoje, talvez nenhum nome me empolgasse. E acho que aí está o ponto chave na escolha do nosso novo comandante. Não existe treinador que se encaixe dentro dos parâmetros definidos pelo Grêmio e que lote o aeroporto.

Ser de casa foi o grande trunfo do Roger. Aqui cresceu, se criou e virou multicampeão. Conhece muito bem o Grêmio, sabe perfeitamente onde está pisando e o tamanho da sua responsabilidade. Se fosse pra apostar num treinador novo, seria ele.

Falando em APOSTA. Vejo o termo sendo usado de forma um tanto quanto equivocada, como se toda aposta fosse uma escolha de alto risco. Na verdade, qualquer escolha é uma aposta, umas de alto risco, outras de baixo. E é aí que a definição de parâmetros na hora de tomar a decisão define o tamanho desse risco. Ou seja, a escolha de qualquer treinador ou mesmo jogador é uma aposta, pois não é garantia de sucesso.

Mas voltando ao cerne da questão: na hora de escolher entre os treinadores novos que se encaixem no perfil procurado, a história do Roger dentro do Grêmio pesou muito. Mas, ao contrário do que o Fagner escreveu ontem, não me parece ser um pouco mais de pensamento mágico mas sim, um diferencial competitivo. Esse passado vitorioso também vai ajudar Roger no início do seu trabalho aqui, porque a torcida tende a ser mais paciente com o ex-ídolo do que seria com um outro treinador. Assim como ele sabe bem que essa paciência extra dura pouco.

Eu ainda lembro das declarações dos jogadores do Grêmio, logo após ele comandar o time num Grenal que vencemos no Beira-Rio por 2-1, todas elogiosas ao trabalho dele. Admito que não acompanhei muito a trajetória do nosso novo treinador depois que saiu do Grêmio e os resultados no Juventude e no Novo Hamburgo não empolgaram, mas deu pra ver que ele sabe montar uma boa retranca quando necessário.

Que Roger tenha gora o mesmo sucesso da passagem como jogador. Pra isso, vai precisar de muito apoio e trabalho. E nada de pensamento mágico.

Comparilhe isso:

4 + comentários

  • Fernando Audibert 27 de maio de 2015 - 18:04 Responder

    Um treinador precisa de tempo e que a direção tenha o mesmo discurso. O problema é que o clube fica na mão de jogadores figurinhas, e isso acaba minando todo o trabalho. Quem tem que gritar mais grosso no vestiário é o treinador. Que o Roger faça valer isso desde o início.

  • Manoel de Bitencourt 27 de maio de 2015 - 23:00 Responder

    Técnico baratinho, bem de acordo com a situação do meu pobre Grêmio…

  • Paulo Manetti 28 de maio de 2015 - 01:10 Responder

    Rui Costa tem que sair do GRÊMIO para ontem. Não faz bem ao Clube a sua permanência.

  • Deixe uma resposta