Se você buscar no dicionário a definição de grêmio – assim mesmo em caixa baixa – encontrará agremiação, associação, um tipo de pessoa jurídica. Se você perguntar para 100 pessoas em qualquer canto do mundo, independente da língua nativa, ouvirá de muitos que não sabem o que significa, mas certamente ouvirá de outros tantos referências ao Grêmio de Porto Alegre, ao Grêmio do Brasil, do futebol.
De 1903 para cá, a palavra grêmio evoluiu de substantivo simples, sinônimo de clube, a nome próprio, escrito com inicial maiúscula. Mais do que nome próprio, uma marca, marca que não precisa de complemento. Atlético pode ser de Minas, de Madrid, Inter pode ser de Milão, de Porto Alegre, Bayern pode ser de Munique, Leverkusen; mas Grêmio é apenas Grêmio. É como Pelé, Madona, Ferrari não precisa de explicação, de referência ou sobrenome.
E esse é o grande propósito do Grêmio: não precisar ser explicado.
Se eu tivesse que explicar o Grêmio em uma palavra eu diria que o Grêmio é essencial. Ponto.
E tudo que envolve o Grêmio é assim, sem justificativa, sem situar ou convencer. Enquanto outros clubes explicam os seus títulos, “primeiro campeão brasileiro”, ” campeão invicto”, “maior campeão dos pontos corridos”, “campeão mundial em torneio que não foi disputado somente por esse ou aquele”; a gente simplesmente contabiliza os nossos: 2 Brasileiros, 5 Copas do Brasil, 3 Libertadores, 1 Mundial…simples, direto ao ponto, sem romance.
Ser Grêmio não é ser mais ou melhor do que esse ou aquele, não é se comparar, correr atrás ou fazer igual. Ser Grêmio é essencial.
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