Grêmio Libertador

Surpreendente empate: Reservas 1×1 Santos

Um Grêmio surpreendente entrou pra jogar contra o Santos na Vila Belmiro: totalmente reserva. O Grêmio optou por poupar todo o time e jogar descansado contra o Palmeiras no meio da semana. E também foi surpreendente o resultado: um empate conseguido principalmente porque o Santos achou que ia ganhar com o pé nas costas. Se não fosse um erro na marcação da bola aérea o triunfo era do Grêmio. E o time jogou melhor que o Santos no final colocando dois titulares e o Miller pra jogar. Com a posse a partida terminou sob nosso controle.

Escalado com apenas o Grassi como titular, defendemos em 4-4-2 e atacamos claramente em 4-2-3-1, como temos feito. Foram a campo: Iago, Fred, Thiery e Walace Oliveira; Guilherme Amorim e Jaílson; Guilherme, Lincoln e Kaio; Everton. E logo no início já mostramos que o time estava desbalanceado. O lado direito, com Kaio bem aberto, era a nossa melhor alternativa. Everton flutuou  como um clone do Luan, limpou pro pé esquerdo e fez o gol.

Everton faz seu 3º gol. Frame da transmissão (Premiere FC)

Aí nos recolhemos para esperar o Santos. E tudo tava dando certo até o falharmos de uma forma nada surpreendente. O velho erro do primeiro semestre se repetiu. Bola aérea e o Fred perdendo praquele que deveria combater (em 4 bolas no primeiro tempo ganhou uma só). A bola ainda bateu na trave e foi gol. Aí a pressão foi um pouco maior mas apenas uma finalização do adversário foi no gol.

A pior parte era o nosso lado esquerdo ofensivo e defensivo. Guilherme muito mal tanto pra recompor quanto pra atacar. E era o lado principal de ataque deles. Lincoln também muito abaixo, não dava posse de bola pro Grêmio. Mas ainda tivemos uma boa chance antes do final do primeiro tempo. O nosso segundo chute a gol foi do Iago, da intermediária. Um chute surpreendente que quicou perigosamente e obrigou o goleiro deles a fazer uma ótima defesa. Lincoln estava de centroavante esperando o rebote mas a bola foi para escanteio.

Voltamos pro segundo tempo com o mesmo time. Aos 14 o Fred, depois de perder pela sexta vez uma bola aérea, sentiu uma contusão (saiu imobilizado com colar cervical mas passa bem) e Kannemann entrou. Aos 19 foi a vez de ingressar Miller no lugar do Guilherme. O jogo seguiu morno. Aos 28, Ricardo Oliveira faz falta sem bola no Kannemann, pra amarelo, no mínimo. Mas quem recebeu foi o nosso zagueiro argentino, por não querer sair pela linha de fundo porque os médicos do Grêmio entraram em campo.

Aos 30 entrou o Maicon no lugar do Guilherme Amorim. A ideia claramente era tentar melhorar a transição para os contra-ataques. E aí o jogo equilibrou de vez. Aos 34 tivemos um ataque 3×3 e o Everton demorou demais pra bater. No lance seguinte, Grassi faz uma defesaça no primeiro chute a gol perigoso do segundo tempo. Aos 38 uma bola primorosa do Miller encontrou o Everton livre. Ele tocou por cobertura no goleiro que conseguiu um surpreendente tapa na bola. A bola sobrou pro nosso camisa 11 dividir com um zagueiro e a bola bateu no travessão, não entrando por milagre.

Aos 39 Santos meteu também uma bola na trave, em finalização da entrada da área. Mas aí entrou em campo a malandragem do Renato. Amorcegamos o jogo. O Santos completamente irritado só conseguiu uma chance de fazer alguma coisa aos 47, naquele tradicional momento bumba meu boi. E o gol não saiu porque o Ricardo Oliveira errou feio. O jogo encerrou empatado. Veja bem, como eu escrevi aqui na sexta, era um jogo onde empatar ou até perder era completamente normal. E com os reservas conseguimos um ponto. Ótimo resultado, visto que ainda vamos enfrentar o Botafogo e adversários rebaixáveis. Vamos esperar que essa ousadia seja recompensada no meio de semana com a classificação pras semi finais da Copa do Brasil.

Nota de aproveitamento: nos cinco jogos com o Renato como treinador do Grêmio fizemos 10 pontos. Isso iguala a melhor marca do Roger ao longo de todo o campeonato, nas cinco primeiras rodadas do primeiro turno.

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