Um bom teste

9 Postado por - 10 de setembro de 2014 - Artigos

As últimas partidas que jogamos foram contra times que saíam mais do que marcavam. Dessa vez enfrentamos um semi clone. Com um ataque mais rápido que o nosso (aliás, mandar Moreno, Pará e Werley pelo Marcelo Cirino não me deixaria triste) e dois toques na bola, o Atlético Paranaense teve muitas roubadas de bola e contra-ataques perigosos. Assim, a coisa não ficou no meio de campo, como Felipão imaginou antes da bola rolar. Em dois toques a defesa se tornava ataque e a montagem do time não fazia sentido.

Assim, antes mesmo do final do primeiro tempo, o meio de campo do Grêmio mudou. Estávamos num quase 4-3-3, com Luan jogando aberto e trocando com o Ramiro quando fechava pelo meio. E aí é que a diferença dele pro Fellipe Bastos ficou gritante. O suspenso tem uma visão de ataque melhor, se posiciona nos espaços e abre a defesa. O Ramiro fazendo essa função se esconde atrás da marcação. E aí, pensando em manter a roubada de bola e um ataque mais veloz, colocou o Grêmio num 4-2-3-1 colocando o Giuliano (que entra na área muito mais que o Luan). Aí a ideia passou a ser jogar pra frente pra tentar tirar o zero do placar.

Fomos para o intervalo com três boas conclusões (uma do Barcos, outra do Luan, e uma do Ramiro) – eles, idem.

Barcos, mais uma vez DECISIVO. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Barcos, mais uma vez DECISIVO. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Começamos melhores. A entrada do Giuliano fez com que os seis defensores do Atlético Paranaense tivessem sempre mais um para se preocupar. Abriu um pouco, mas ainda assim estava difícil de passar. Porém, depois desse bom início, a entrada do Fernandinho no lugar do Luan fez com que a bola batesse e voltasse mais frequentemente. Mesmo assim, com poucos ataques de perigo, quase todos pelo Cirino. Já passava dos 30 e precisávamos ganhar. Então, Felipão foi pro desespero: tirou o Dudu, plantou o Coelho junto com o Barcos lá dentro e mandou o nosso 77 e o 88 abrirem espaços para as subidas dos laterais.

Mas os passes errados… que nojo. Giuliano e Ramiro bateram todos os recordes individuais. Toda a armação de jogadas morria e os ataques sem sal do Atlético Paranaense quase tomamos um gol aos 42, em uma jogada de bola aérea, daquelas que batemos todos os recordes de errar nesse jogo. Mas era mais um jogo pra nós. Depois de um monte de chegadas do Zé, uma falta deles para matar o jogo resultou no nosso gol final. De centroavante, como tem que ser, Barcos pegou a bola com o peito e, no giro, fuzilou o goleiro. Mais uma vez aos 46.

1×0, 34 pontos e G-4 até amanhã. Vem coisa boa aí.

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20 + comentários

  • Eduardo 10 de setembro de 2014 - 22:02 Responder

    Sempre leio a análise dos jogos aqui. Sempre muito boas as tuas, Fagner. Como dizes: Saludos!

  • Impzone 10 de setembro de 2014 - 22:16 Responder

    Grêmio ainda com uma dificuldade monstruosa de propor jogo. A mesma dificuldade existia ano passado, mas ano passado não tínhamos meias. Se esse ano temos meias e continuamos com a mesma dificuldade, é porque contratamos errado. Parece que teremos muito mais do que laterais e atacantes para contratar para o ano que vem. Enquanto isso, que as vitórias continuem saindo nem que seja aos 61 do segundo tempo, como nos Aflitos. E os cardíacos que se cuidem!

  • Impzone 10 de setembro de 2014 - 22:21 Responder

    “Estávamos num quase 4-3-3, com Leandro jogando aberto e trocando com o Ramiro quando fechava pelo meio.”
    Leandro?

    • Fagner 11 de setembro de 2014 - 15:39 Responder

      Ato falho. Era Luan. Corrigi, valeu.

      Saludos,
      Fagner

  • Rafael 10 de setembro de 2014 - 22:24 Responder

    Quem é Leandro?

  • Sena 10 de setembro de 2014 - 22:30 Responder

    O Grêmio não tem laterais e nem camisa 10. Continuaremos tendo dificuldades quando a necessidade de propor o jogo for nossa, não tem nem o que reclamar, vai ser assim até o final do ano. Não dá para mudar porque não tem peças. Que o próximo executivo de futebol se ligue nesses detalhes, desde o douglas e o mário fernandes que não temos meia nem lateral direito.

  • Fausto 11 de setembro de 2014 - 09:12 Responder

    Leandro = Luan

  • Israel 11 de setembro de 2014 - 09:46 Responder

    O pessoal fica falando dos meias como se volante não fosse meio campista… Alemanha joga com 3 volantes, City faz gols adoidado e joga sem um 10 nato.
    Não adianta enfiar um 10 no meio de campo pra marcação grudar nele e não sair jogo, o Grêmio tá evoluindo, aprendendo a criar com o meio de campo inteiro e os volantes aprendendo a se movimentar e aparecer no ataque. O Felipe Bastos já se encaixa nesse tipo de jogo, mas Matheus e Ramiro ainda estão aprendendo, assim como Luan e Dudu também tem de aprender o momento de entrar na área e o de abrir pra ponta. Ano que vem com mais tempo de trabalho com certeza a coisa vai estar mais afinada, ainda que ficasse com esse mesmo plantel.

  • Felix Nuñez 11 de setembro de 2014 - 09:48 Responder

    Morando em Curitiba eu já sabia que teríamos dificuldades contra o Atletico. Ao contrário do que a ZH pregava dizendo que o adversário era o ideal, os caras viriam bem fechados e explorando o contra ataque com Cirino ( Fiz essa mesma barca para o meu amigo ontem e ele disse que aceitava de olhos fechados. Os caras tão brabo com o Cirino, diz que joga uma bem e 15 mal. De qualquer forma, pra mim fardava no Gremio).
    Entendi a troca do Felipão, mas ainda assim tiraria o Ramiro que o que erra de passes esse guri é brincadeira. Juntando os passes errados do Giuliano os 2 devem ter respondido por 90% dos passes errados do Gremio. Enfim, essa afobação dentro da Arena precisa terminar, o Gremio precisa ser mais paciente.
    Grande Barcos, teve momentos que pensei em desistir de defendê-lo, mas ele é um ótimo atacante. Até perde seus gols, mas arma belos contra ataques, dificilmente erra passes e é matador sim!
    Queria ver mais o Ruiz jogar, mas pelo jeito não deve estar treinando bem. O guri tem de colocar a cabeça no lugar e brigar pela posição. Talento tem!
    Felipão tem muito trabalho a fazer, mas em um mês fez muito mais do que eu poderia imaginar!

    • Fagner 11 de setembro de 2014 - 15:47 Responder

      Eu acho que o Cirino ficou chateado com a direção que não deixou ele ir pro Corinthians. E até acho bom que ele esteja em má fase lá. Fica mais fácil pra tirar ele de lá pra 2015.

      Saludos,
      Fagner

      • Felix Nuñez 11 de setembro de 2014 - 16:08 Responder

        É exatamente o que penso e é o que dizem dele aqui para cair tanto de produção. Ele não vale nunca o que pediram por ele, mas nem por isso deixa de ser um belo jogador. Pagando bem menos seria um baita reforço para 2015.

  • vinicius 11 de setembro de 2014 - 10:10 Responder

    Jogar bem e perder (contra Cruzeiro) ou jogar mal e vencer(Atlético-PR), esse 2º Grêmio me serve.

    Peleador, os jogadores se entregando ao máximo até o fim, sempre acreditando na vitória.

    Assim dá vontade de torcer, saber que você vai ver um time que não vai ao menos deixar de lutar, deixar “TODO EN LA CANCHA”

    Parabéns Felipão por fazer esta camisa suar como nunca nestes últimos anos.

    Para os flautistas de plantão É RUIM MAS É BOM ESSE BARCOS HEINHÔ…

  • Mano 11 de setembro de 2014 - 10:34 Responder

    O jogo em si foi horrível. Tecnicamente pobre demais.
    Tivemos sorte e persistência. Os problemas de sempre que todos estão carecas de saber e o Felipão mais ainda aconteceram.
    O lado positivo é conseguir ganhar jogando mal.
    Contra o Flamengo ganhamos jogando bem.

    Ainda falta aquele jogo pra ganhar se impondo do início ao fim.
    Mas isso parece algo difícil de alcançar pelo menos este ano e com este grupo.

  • Joao 11 de setembro de 2014 - 16:59 Responder

    Buenas… como todos ja falaram, jogo horrivel porem vitoria é vitoria, os colorados que os digam… hahahaha…

    Porem ngm aqui lembro que ontem a Geral esta voltando ser a Geral, cantando, apoiando do inicio ao FIM. E é assim que dever ser, nao importa se estamos jogando mal temos que apoia os 90 minutos, no momento que o juiz apitar o final dai sim podemos vaiar, mas o mais importante é SEMPRE APOIAR O NOSSO TIME…. COM A RAÇA QUE ESTA VOLTANDO E COM A GERAL VOLTANDO SER A GERAL…

    AGUARDEM… POIS A ARENA SE TRANSFORMARA NUM VERDADEIRO CALDEIRAO…

    PRA CIMA DELES MEU GREMIOOOOOOOOO

  • Fabio 11 de setembro de 2014 - 17:09 Responder

    Eu gostaria, sinceramente, de entender porque um monte de torcedores do Grêmio, meu time tb, tem a mania de falar termos em espanhol. Cancha, saludos, alentar, trapos, etc… Sério, não é gozação…eu tenho realmente curiosidade.

    • Fagner 11 de setembro de 2014 - 19:26 Responder

      Eu escrevo “saludos” no final de meus e-mails desde 2003. Uso a mesma saudação por aqui como uma marca pessoal desde que nem era membro do Grêmio Libertador. Na época achei que era uma maneira menos chata de encerrar uma mensagem do que “Cordiais saudações”, “Cordialmente”, “Abraços”, etc. Comecei escrevendo “saudações”, até achar esse termo mais simpático. Não tem nada a ver com eu ser gremista.

      O meu exemplo foi para mostrar que essa associação entre ser gremista e escrever coisas espanholadas pode ser um pouco de perseguição. O palavreado de quem mora no Rio Grande do Sul tem muito do palavreado platino. E isso independe do ser gremista ou colorado.

      Saludos,
      Fagner

    • vinicius 12 de setembro de 2014 - 09:35 Responder

      Olha Fábio, acho muito normal pois é a nossa cultura, desde o chimarrão e o churrasco aprendemos com este povo castelhano e a forma de jogar e de torcer do Grêmio e sua torcida foi incorporada desde a forma de jogar na base da pelea e na forma de torcer e cantar o tempo todo, isso foi incorporado por nós, nós somos os responsáveis por sermos assim.

      Quando referi a frase “todo en la cancha” estava lembrando de um comercial da Coca-Cola sobre a seleção Argentina que é impossível não lembrar do Grêmio. Segue link para assitir e se emocionar.

      https://www.youtube.com/watch?v=sXgpHw-V3QM

      Abraço.

  • Fabio 12 de setembro de 2014 - 10:50 Responder

    Valeu pessoal. Já conhecia o comercial. Eles lá sabem como fazer esse tipo de filme bem melhor que nós. E olha que eu trabalho em propaganda.

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