Grêmio Libertador

Um jogo imponente com um resultado injusto

Mais uma vez o Grêmio foi o senhor da partida. Porém, dessa vez, o jogo inteiro. De cabo a rabo. Se a gente tivesse com o Everton no gol no lugar do Grohe o resultado teria sido o mesmo. Porque só o Grêmio jogou. E não foi porque o adversário fosse um time fraco com sérios problemas de tabela. O time iria para o segundo lugar se nos vencesse na nossa casa. E nós voltaríamos ao G-4 mesmo com um jogo a menos. Mas, por ironia do destino, o único chute no gol deles entrou. Muito injusto. Em uma bola que nunca deveria ter saído do pé do lateral, da intermediária.

O Grêmio voltou a ir a campo com o seu 4-4-2 losango. E mais uma vez o nosso sistema ofensivo se mostrou quase perfeito. A marcação avançada colocava 5 jogadores nossos impedindo a criação de jogadas deles. Com mais rodagem e Maicon na frente da linha da zaga, Walace e Jaílson foram monstruosos. Não lembro de outro período que o Grêmio tenha distribuído tanta roubada de bola por ali. Foi um massacre incessante, um ataque contra a defesa durante todo o primeiro tempo. O resultado já era injusto ali.

Se tem uma coisa que o lesionado Everton acrescentou no time foi pontaria. Foram poucos os chutes que acertaram a goleira em proporção com a quantidade de finalizações. E, pior, muitas bolas defensáveis. É preciso um pouco mais de poderio de finalização pra esse esquema se consolidar como o que faltava para uma arrancada para o título (sem exagero).

Voltamos para o segundo tempo na mesma toada. Conseguimos fazer o gol exatamente roubando uma bola no meio do campo e puxando ataque. Luan chutou, a bola desviou no zagueiro e encobriu o goleiro. E foi só o que conseguimos fazer contra ele. Nesse segundo tempo fiquei com saudade do Victor. Aquela bola no cantinho do Walace teria mais chance de entrar. O fuzilamento do Miller também. O massacre do primeiro tempo (o Galo não via a cor da bola) seguia no segundo.

Luan fez seu sexto gol. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Aí o treinador colocou o Robinho. Veja bem, eu detesto o Robinho. Mas o Grêmio estava jogando tanto que eu nem ligava. Ele conseguiu dar mais posse de bola para o Galo, mas nada preocupante. Com Douglas e Miller cansados, Roger começou a mudar. Henrique Almeida, nunca espero nada dele. Entra em 12volts sempre, completamente fora da maneira do Grêmio jogar. E o Ramiro na vaga do Douglas eu não faria de maneira alguma. Preferia alguém para seguir jogando da mesma forma.

Demos um pouquinho mais de espaço para o adversário, mas o gol deles saiu num lance completamente improvável. E o resultado que estava lindo caiu por terra. Empate em casa que só foi lamentável porque foi injusto. Fizemos 4 pontos neles, é um resultado ótimo contra adversários diretos. Mas fizemos tudo certo. Era pros três pontos. Vamos ficar com isso entalado até o jogo contra o Botafogo, mais um sem Geromel. E sem Grohe e Miller.

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