Um ponto: Grêmio 1×1 São Paulo

0 Postado por - 18 de novembro de 2016 - Artigos

E o Grêmio foi mais uma vez buscar um ponto em São Paulo. Em um jogo não muito interessante entre os tricolores houve um domínio maior dos paulistas no primeiro tempo e nosso no segundo. Esse resultado  nos mantém a um ponto do sétimo lugar, que é o plano B para 2017 ser um ano bom. De positivo a reação na segunda etapa, com um jogo de bastante posse de bola e lances geniais do Douglas, destaque da partida.

O gol que sofremos foi uma falha clara da defesa. Em dois aspectos: no primeiro em confiar na habilidade do Grohe jogando de líbero. Ele não tem esse timming de saída de gol pra jogar com os pés e nem mesmo sabe fazer o básico com eles. Nem tiro de meta o Grohe acerta. É impressionante. Estamos em tempos de goleiros de futsal jogando no campo. Cada vez mais treinadores usam os 11 jogadores para abrir espaços (graças ao Guardiola, principalmente). E esse lapso fica cada vez mais evidente, rodada à rodada.

O segundo aspecto da falha foi a ausência do Kannemann. Falam muito do Geromel (e com razão), mas o argentino é titularíssimo desde que fardou. As duas bolas que o Wallace Reis perdeu para o atacante na velocidade não acontecem com o nosso Pastor Alemão (Labrador é coisa de tenista). Ele não perdeu pra Gabriel Jesus, não ia perder nunca para centroavante. Mas Wallace Reis perdeu. Na primeira o nove deles chegou antes do Grohe e fez o gol por cobertura de fora da área. Na segunda, mais perto da pequena área, Grohe fez o que sabe e salvou.

Mas também fizemos o gol em jogada de repeteco. Só que invertido: ao invés de fazer um e errar o outro, começamos desperdiçando ainda no primeiro tempo com o PERDO Rocha. Douglas passou uma bola perfeita para o ponta entrar fuzilando a goleira na linha da marca do pênalti. Porém, o 32 pisou na bola ao invés de bater de primeira. Resultado? Nem escanteio foi, perdeu pro marcador. Na segunda etapa a bola perfeita do Douglas foi pro Ramiro viver o momento ENSINA RAMIRO: chute cruzado no contrapé do Dênis. Gol e jogo empatado.

Ramiro, autor do gol. Foto Grêmio Oficial (via site).

Ramiro, autor do gol. Foto Grêmio Oficial (via site).

A nota negativa é que tomamos o nosso 38 gol e não terminaremos 2016 com média menor que 1 gol por jogo. Muita gente não se deu conta, mas desde 2011 isso não acontecia. Fizemos, em sequência, números impressionantes. Em 2015 foram 32 gols (0.84), 2014 com 36 gols (0,95), 2013 sofremos 35 gols (0,92) e, fechando, em 2012 levamos apenas 33 gols (0,86). Temos uma defesa consistente há tempos. Mas levamos 21 gols em apenas 6 jogos (4 do Palmeiras, Sport e Coritiba e mais 3 da Ponte, Chapecoense e Sport outra vez). Ficou difícil repetir a façanha.

Agora enfrentamos o América-MG em casa no domingo. É jogo pra 3 pontos. Se o Sport fizer uma grande partida como fez na Arena, ou fizer até um ponto, praticamente se livra matematicamente do rebaixamento e roubamos a sétima posição. Se somarmos a isso pelo menos um ponto do Botafogo contra o Palmeiras ainda colocamos uma vaga no G-6 na agenda para o último jogo, contra os alvinegros. Vamos lotar o jogo e motivar o pessoal pras finais da Copa do Brasil?

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2 + comentários

  • Ezio 18 de novembro de 2016 - 14:41 Responder

    Grohe deixou a desejar. Se era pra ele sair naquele gol que ele chegasse pra resolver não ficar no meio do caminho. Mesmo jogando desinteressados o Brasileiro temos ao menos um G-7 encaminhado. As 3 partidas restantes são fáceis de ganhar. Dá pra fazer 6 pts contra América e Santa Cruz mesmo jogando com o sub-18. CAP não se cria jogando fora e mesmo em casa vai topar com o Flamengo que vai querer pelo mesmo tentar um G-3 pra jogar direto na fase de grupos da Libertadores. Não esquecendo que há um jogo de 6 pts entre CAP vs Gambás. Ou seja dá pra projetar uns 5 pts pro CAP. O GRÊMIO fazendo sua parte pode acabar até em 6 lugar.

  • Artur Wolff 18 de novembro de 2016 - 14:41 Responder

    O Grêmio ontem foi como aquele motorista que entra na estrada para viajar a oitentinha em 5ª marcha daqui até a praia, isto é, no “normal”.
    Aí aparece o que temos visto em muitos jogos no ano. Wallace e Maicon errando passes básicos, atacantes adversários passando de viagem, Marcelo Oliveira fazendo as cagadas de sempre, Pedro Rocha na sua improdutividade e os demais no feijãozinho com arroz com efetivadade muita baixa na frente.
    Por isso sou cético em relação ao título.
    Esse time tem que entrar pra os dois jogos finais com a corda esticada e o fogo no rabo se quiser ganhar a CB.
    A chavezinha tem que fazer aquele click pra cima e todos jogarem. Muito.
    Como se aciona a chavezinha? Talvez só Renato saiba.

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