Uma alternativa para o ataque

2 Postado por - 7 de agosto de 2015 - Artigos

Criou-se um senso comum de que o Grêmio não faz gol, este é o primeiro ponto a ser analisado. Nós fizemos gols, o problema é que criamos várias oportunidades de marcar mais e não a aproveitamos, este sim é o nosso problema.

Roger consolidou nosso ataque em cima da movimentação do quarteto final. Jogadores estes que não têm em sua característica principal a função de matador. Mesmo assim, devido ao bom esquema adotado pelo técnico, conseguimos criar boas chances em todos os jogos.

Analisando o mapa de calor do último jogo (veja abaixo), fica claro que temos dificuldade em chegar na área adversária. Mesmo levando em conta que jogamos o segundo tempo inteiro com um a menos, na etapa inicial isso pouco ocorreu. Luan, que na teoria é o nosso jogador mais avançando, volta muito para buscar o jogo e cai pelas laterais, o que nos deixa sem presença na área. Além do mais, Pedro Rocha é jogador de lado, Douglas pouco passa além da meia lua adversária e Giuliano é um condutor de bola.

Movimentação gremista na partida contra o Fluminense

Movimentação gremista na partida contra o Fluminense

Nossos laterais, quando passam para apoiar e recebem a bola, têm em nosso quarteto final uma opção que não é a melhor: a dos atacantes ocupando a entrada da área. Note em nossos jogos como ocupamos de maneira tímida o terreno perto do gol adversário.

Bobô é uma opção para mudar um pouco este quadro. Sobre o jogador, de tímida passagem no futebol brasileiro, tenho pouco a falar. Porém, não é qualquer um que consegue a façanha de ser o maior artilheiro estrangeiro da história do Besiktas.

Já com nome no BID, creio que Bobô deve ser aproveitado no Grenal, e digo mais, gostaria de ver ele iniciando o jogo, e muito pelo fator surpresa que isso causaria. Com o andamento do campeonato e todo mundo entendendo como jogamos, seria uma boa ‘quebrar’ um pouco nossa estrutura de jogo.

Luan, nosso falso 9, sai muito da área, atuando pelos lados

Luan, nosso falso 9, sai muito da área, atuando pelos lados

Além do mais, penso que nossa dificuldade em marcar mais gols e ter uma presença massiva na área adversária pode ser solucionada com a entrada de Bobô. Particularmente, gostaria que Roger adotasse o 4-2-3-1 sem Douglas como um dos três meias, deixando o time mais rápido e dinâmico.

Fato é que ganhamos um reforço, ao que tudo indica, de qualidade no setor ofensivo. Um leque de opções de nomes e esquema será fundamental não só para o clássico, mas para Brasileirão e Copa do Brasil.

Comparilhe isso:

5 + comentários

  • mano 7 de agosto de 2015 - 13:59 Responder

    O mapa de calor acumulado do ano mostra claramente a falta que faz um meia armador e o latifúndio que é nosso lado esquerdo de defesa, onde levamos a maioria dos nossos gols.

    • Minwer 7 de agosto de 2015 - 14:07 Responder

      Mano, esse mapa de calor acumulado é só do Luan. Normal o lado esquerdo defensivo estar um latifúndio. 😉

  • Tricolor 7 de agosto de 2015 - 16:09 Responder

    Também gostaria de ver o time jogando sem o Douglas e com o Bobô. Até porque o Douglas vem atuando adiantado, como se fosse atacante mesmo, para compensar a falta de capacidade física para acompanhar o ritmo do resto do time. Acredito que o Pedro Rocha e o Giuliano, mesmo quando não jogam bem, são muito importantes para o esquema, porque ajudam os laterais o tempo inteiro. O Luan parece indiscutível, é dos melhores do campeonato. Assim, só resta uma vaga que vai ser disputada entre a criatividade do Douglas, que anda em baixa, e o poder de finalização do Bobô.

  • Israel 7 de agosto de 2015 - 16:53 Responder

    Acho que tua análise tá bem equivocada, cobra que os jogadores ocupem posições fixas, quando o principal triunfo do esquema do Roger é justamento fazer com que eles se movimentem e troquem de função. A função do Luan não é ficar espetado feito aipim dentro da área (aliás, se fosse não seria “falso 9” e sim um centroavante) mas justamente voltar, inverter a posição ora com Giuliano ora com Pedro Rocha. Quando um sai, outro entra no lugar, seja o pedro Rocha (mais frequente) seja Giuliano ou até o Douglas.
    Outra coisa, se tu analisar os arremates, vai ver que criamos muito mais chutes dentro da área que os adversários, o fato do mapa de calor não mostrar grande permanencia naquele local não quer dizer que os jogadores não entrem na área. Se comparar com os jogos na época do Felipão certamente o mapa de calor vai mostar mais presença de área por conta do Braian Rodrigues, mas o número de arremates dentro da área vai ser bem menor.
    O que falta ao time não é um “nome de peso, matador”, é evolução e sequencia, pra que bons jogadores como Pedro Rocha e Luan possam chegar lá e ter tranquilidade de definir.

  • Desiludido 7 de agosto de 2015 - 19:33 Responder

    A média de Bobô nesse mesmo Besiktas é de zero quarenta e três gols por partida.
    A média de Pedro Rocha nesse primeiro ano é de zero trinta e oito gols por partidas.

    Acho que não vale a pena perder tempo.

  • Deixe uma resposta