A gente quer que o racismo seja excluído de todas as competições, mas eu gostaria de fazer uma reflexão aqui:
Como julgar apenas os torcedores que cometem essas barbaridades na arquibancada, se os mandatários do futebol acham que essas ofensas são justificáveis?
Fonte: zh.clicrbs.com.br
A declaração do Novelletto só mostra o quão pobre, humanamente falando, estão as instituições que comandam o futebol. A não punição pra esse tipo de ato, aliada a uma tentativa de justificativa, só prova o quão confortável esta situação ainda é para quem comanda o espetáculo por aqui. Excluir o Grêmio ou o Inter de uma competição é lutar contra uma torcida inteira, na cabeça desses homens, ou seja, é muito trabalho. A medida tomada é sempre a que menos gera dor de cabeça. Tirar 3 pontos de um time que está praticamente desclassificado de uma competição é mais fácil que excluir esse time da mesma, pois assim que acontecer com outro clube, a mesma medida deverá ser tomada. Já imaginou excluir o Santos de uma Copa do Brasil por “uma simples declaração de um torcedor”? Já imaginou excluir o Corinthians de uma Libertadores por “uma simples morte de adolescente causada por um torcedor do clube?”
Nessa segunda hipótese, quem está envolvida é a Conmebol, um órgão do futebol que têm se especializado em ser escroto em casos dessa natureza. De acordo com a entidade, chamar um negro de macaco não configura racismo.
Fonte: espn.uol.com.br/
O Secretário Geral da Conmebol dá uma declaração estúpida dessas e espera bom senso dos torcedores em uma série de outros assuntos discutidos no futebol. Tem como levar a sério esse esporte, com essas pessoas envolvidas com ele?
Acho que quem profere injúrias raciais tem que ser punido e quem propaga esse tipo de ódio também. Por mim, levem o Novelletto, o Don Francisco (Secretário Geral da Conmebol) e o torcedor que chamou o Fabrício de macaco, todos a julgamento.
Dizem que o futebol está doente. Pra mim, essas instituições mal geridas são o grande câncer se propagando.
