O retorno para a parte final da temporada do Grêmio foi ótimo pela atuação do primeiro tempo e pelo resultado. Foi um show de movimentação e boas oportunidades do tricolor durante toda a etapa inicial. O que não condiz com a vitória magra, já que conseguimos fazer apenas um gol.
A coisa seria outra se o Giuliano estivesse com o pé na forma. A primeira chance foi do Luan, bem defendida pelo goleiro deles. Mas, logo em seguida, grande subida do Marcelo Oliveira, cruzando pra trás e o nosso oito perdeu um gol sem explicação. Aí duas chances deles (incluso uma bola na trave) e voltamos a comandar a partida, à partir dos quinze. Mais posse de bola, mais chegada, mas muitas bolas espirradas, muito escanteio. Tanto que Bobô também conseguiu perder um gol onde cabeceou sozinho (e reclamou puxão).
E foi noutro deles que saiu o gol. O Grêmio adiantou a marcação em cima do Werley, que mandou pra escanteio, provavelmente mirando a lateral (e falou, né, como sempre). Cobrança do Douglas, outra falha da marcação (David Braz reclamando de ser empurrado ao invés de assumir a falha foi vergonhoso) e gol do Bressan, sem pular, sem dar chance para o goleiro deles.
Na volta para o segundo tempo, poucas mudanças no panorama do jogo. Até se iniciarem as alterações do Santos. Colocaram um centroavante de área e passaram o Gabriel pro nosso lado fraco (as costas do Oliveira). O jogo, que já era Grêmio x Lucas Lima ficou ainda mais assim. Toda a vez que ele recebia ficava sem opção, avançava, e qualquer toque nele era falta. Aí acabaram crescendo. Entrou, então, o Pedro Rocha, pra tentar ajudar ali, já que o Luan não conseguia.
E foi o nosso sopro de algo na segunda etapa. Primeiro em uma enfiada primorosa do monstro Wallace para que o 32 chutasse em cima do goleiro. Depois, em uma bola enfiada do Douglas, o guri limpou bem o lance e arrematou pra fora. Ainda antes da saída do nosso meia, outra boa chance perdida: enfiada no Douglas, o zagueiro conseguiu chegar antes. Mesmo com a vantagem para o nosso 10, Giuliano tentou arrematar de primeira e atirou a bola longe mais uma vez.
Aí foi a hora de ir pro abafa. O Grêmio recuou, não conseguia marcar e muitas bolas acabaram indo para a nossa linha de fundo desviadas em escanteio. Entraram o Maxi e o Moisés pra tentar ter mais posse, mas os ataques que fizemos foram pelas pontas, sem ninguém no meio. Faltou um pouco de inteligência para levar a bola pra linha de fundo, pra cavar escanteios ou simplesmente enrolar na bandeirinha de escanteio.
De negativo, a movimentação do Maicon, muito abaixo. Tomara que seja apenas falta de ritmo de jogo. A pontaria do ataque também podia ser melhor. E o time cansou claramente no final do jogo. Giuliano estava estafado, Douglas babou na gravata, Luan também. Mas o resultado está lá, na tabela. Agora a distância é a mesma pro Corinthians, líder, do quarto colocado, o próprio Santos. Logo, se é impossível ser campeão, também é impossível sair do G-4. Né?
4 + comentários
Em tese sim. Mas para garantir o terceiro lugar precisamos manter uma sequência consistente, assim como, infelizmente, o Corinthians vem tendo no primeiro lugar.
Para não perdermos o foco precisamos acreditar que o título ainda é possível. Eu mesmo joguei a toalha porque a porra deste time do Tite no máximo empata, mas gostei de ver os jogadores acreditando ainda no título. Esse é o caminho.
E estou gostando muito do discurso para 2016. Continuidade e pés no chão.
Resultado muito melhor que a atuação.
Não gosto desta postura, para usar um termo em moda, de “acadelar-se” no 2º tempo porque está na frente no placar. Tiro de meta vira bicão prá frente ao invés de sair jogando. Em 5 seg. a bola volta pro nosso campo.
É óbvio que o time adversário percebe esta postura e cresce mais ainda.
O Santos é um bom time de futebol (mesmo com Werley!!!!) mas é inadmissível dentro de nossa casa cedermos campo e posse de bola ao adversário como o Grêmio fez ontem e muitas vezes faz quando esta vencendo.
Com essa postura, sim, podíamos ter levado gol e perdido preciosos pontos que hoje fazem a diferença. No 2º tempo, de ataque, foi aquela bola enfiada pro P. Rocha e, de situação de gol ficamos por aí. É muito pouco.
Para ser campeão (em qualquer competição) tem que ousar mais.
Arthur mesmo com esse “acadelamento” o Santos não fez nada no 2 tempo. As melhores chances deles foram no 1 tempo. Grassi passa tranquilidade. Eles tinham que apelar pros bicos pra dentro da área e lá tava o Grassi pra tomar conta. Geromel dispensa comentários até o Bressan joga com ele. Maicon deu outra cara ao nosso meio (por mais que o Edinho não estivesse comprometendo). A proposito no 2 tempo o único time a chegar com perigo ao gol foi o GRÊMIO. A peleia estava mais pra um 2 X 0 nosso do que empate deles.
Gostei do resultado, porque mantivemos a concentração e conseguimos segurar a vantagem. Mesmo assim, concordo que no segundo tempo poderíamos ter perdido a vantagem. Mas é mais ou menos o que o fagner falou: alguns jogadores pareciam cansados.
Tecnicamente, teria sido melhor segurar a bola mais longe da nossa própria área. A chance de alguma bola entrar diminui consideravelmente. Talvez o amadurecimento da equipe passe por aí… saudações tricolores!