Grêmio Libertador

0x0 em um clássico de nãobol

Grêmio 0x0 Inter. Mais uma vez o adversário veio pra Arena pra jogar nãobol. Foi exatamente igual ao jogo da Copa Sul Minas/Ruralito. E outra vez comemoraram o resultado. Pra nós, embora invicto em Grenais em 2016, ficamos mais uma vez injuriados com o resultado da partida. O Grêmio foi pra campo faltando 50% do time – Everton na reserva e Douglas nem no banco. Foi uma péssima partida, com pouco espaço e pouco futebol.

O primeiro tempo foi péssimo pra quem viu. Uma chance de gol pra cada lado e nem foi tão chance assim. O Inter defendendo com um vergonhoso 6-3-1 que variava para 5-4-1. E o Grêmio sem cérebro. Miller começou mais atrás, tentando fazer a do Douglas. Como falhou miseravelmente, Luan desceu pra fazer os nossos sistemas tradicionais. Por 15 minutos até pareceu que o adversário tentaria jogar. Pressão alta, apertando a nossa saída de bola para a zaga. Mas durou só isso. depois eram 11 atrás da linha do meio de campo esperando um contra-ataque.

Luan domina e ninguém chega perto. O. JOGO. TODO. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

O Grêmio cooperou com o nãobol. Porque entrou com o pior atacante e mais uma péssima jornada do Miller e do Ramiro. O 17 pilhado, tanto quanto o Edílson. Tá certo que o adversário veio pra catimbar. Com cinco minutos uma cena de Oscar do cotovelinho de ouro, querendo dizer que o Miller tinha devolvido a cotovelada. Foi uma empurrada na barriga, mas quem se importa? O menino “exemplar” rolou pelo gramado honestamente, como sempre.

O segundo tempo seguia a mesma toada. Tanto que as duas primeiras chances foram do time mais afeito ao nãobol. Os contra-ataques desperdiçados lembravam muito a tática Mazembe, mas com menos eficiência. E o Grêmio não conseguia romper a defesa. Aí o Renato fez o óbvio e colocou o Everton em campo. Ele ganhou uma bela jogada que o Walace não conseguiu finalizar.

Mas logo aos 18 minutos o jogo terminou: contra-ataque do Inter, o juiz deu falta. Kannemann caiu sobre a bola e puxou ela pra retardar o início. Vitinho DEU UM SOCO nas costas dele. Aí deu bolo, Edílson foi pro meio e o Dourado entrou no meio. Eu não vi se acertou o nosso lateral, mas o Edílson SOCOU tudo o que tinha pela frente. E aí o juiz contemporizou: deu só amarelo pro Vitinho e expulsou “os dois” que brigaram. O certo era expulsar o Vitinho e o Edílson e dar amarelo ao Dourado.

A partir daí só o Grêmio jogou. Mas não conseguiu assustar. Porque quando a bola ia pras laterais, onde tinha espaço, não tinha ninguém dentro da área e aí não adiantava fazer nada. Chutes da intermediária estavam impedidos porque sete jogadores estavam na frente da área com dois metros entre linhas. E os jogadores do Grêmio pra conseguir espaços saíam do meio deles. A única coisa que poderia fazer a situação mudar seria um centroavante trombador que não temos pra fazer o pivô. Faltando isso, foi até os 53 minutos de mais nãobol.

Faltam 11 pontos em 18 para chegar nos 59 que ainda é equivalente ao aproveitamento atual do sexto. Mas isso vai exigir uma vitória sobre o Figueirense. Ou seja, não seria aconselhável reservas. Vamos torcer para um grande resultado quarta pra ver o que fazemos no próximo final de semana. Começa a ficar imprevisível o final da temporada do Grêmio.

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