Grêmio Libertador

Quero a cabeça do Rui Bosta

Uma derrota arrasadora. Um comportamento patético. Uma demonstração cabal de que o Roger (assim como o Grêmio) não faz a menor ideia do que fazer em mata-matas. Ao invés de sair para o ataque e massacrar o adversário, o Grêmio insistiu em um futebol burocrático, molenga e um pouco mais rápido que o primeiro jogo. Isso nos fez até parecer que teríamos uma sorte melhor. Mas a ilusão durou menos de cinco minutos. A primeira bola do Rosário, Fred cagou outra vez e deixou o melhor jogador deles livre pra abrir o placar.

Pro Grêmio, parecia que, depois desse gol, o Rosário precisaria fazer mais. Seguimos enrolando o jogo e morrendo por mais uma atuação péssima do Walace. Do Maicon eu já nem falo, desisti. Aí erros de saída de bola e pouquíssimas chances de gol. Douglas fazia a bola correr, Luan driblava muito, mas ninguém chutava a porcaria da bola. O Rosário também não assustava, mas quem devia fazer isso era a gente. Até que em uma jogada despretensiosa que saía pra fora da área Marcelo Hermes emulou o outro Marcelo e fez um pênalti simplesmente ridículo. 2×0 e intervalo.

Na volta o Roger levantou um outdoor do tamanho da Arena dizendo EU NÃO SEI O QUE ESTOU FAZENDO. Tirou o Douglas, jogou no colo do Rosário o meio de campo. Sem acreditar, o time deles até demorou pra ir pra cima e deixou a gente com a bola. Mas não tendo ninguém para jogar ali pelo meio, simplesmente não existia articulação. Sem articulação, não tinha como chegar a algum lugar. E aí o Rosário passou a mandar no jogo. Eram 26 minutos do segundo tempo quando o time argentino chutou pro gol pela SEGUNDA vez. Aí, escanteio, ninguém marcou o zagueiro com mais gols na Libertadores (Fred estava emulando o Werley) e tomamos o terceiro gol. TERCEIRO, em três arremates a gol.

Ter que jogar sozinho na defesa é foda. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Entrou o Bobô, sei lá eu porque, e seguimos a mesma merda. O nosso segundo chute veio só quando o Rosário já tinha esquecido do jogo e queria humilhar. Aí Maicon, o desequilibrado, apareceu dentro da área para tentar fazer o TERCEIRO GOL EM TODA A VIDA DELE DE GRÊMIO (o QUARTO na carreira) e, óbvio, era uma chance perto de 0,5%. Pedro Rocha estava completamente impedido no lance pedindo a bola e o completo descontrole do “”””””””capitão”””””””” (essas aspas não são suficientes) discutindo com ele foi o resumo do que foram os dois confrontos com o time de Rosário. Um Grêmio desequilibrado, sem alternativas e achando que estava certo o tempo todo.

Quarta eliminação SEGUIDA em oitavas de Libertadores. Um resultado minúsculo. Mas a culpa é de quem? Olha o jogo com calma: os piores, os responsáveis diretos pela derrota, foram Fred e Marcelo Hermes. Ramiro não é opção para mudar o meio de campo porque precisa jogar improvisado na direita. Temos apenas o Lincoln, de 17 anos, como opção ao Douglas. Nenhuma dessas situações é opção do Roger. Estamos exatamente na mesma situação que terminamos dezembro de 2015: muito abaixo do time que ficou em terceiro lugar.

Então, mesmo puto da cara com o resultado, nada vai trazer a chance desperdiçada de volta. E eu quero uma cabeça. A cabeça do incompetente do Rui Bosta. Um cara que, até quando acerta sem querer, consegue cagar a porra toda investindo no lugar errado (Maicon NUNCA era pra ter sido renovado, nem Marcelo Oliveira; o dinheiro era pra botar no Galhardo, era preciso buscar zagueiro, buscar meias).

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