Grêmio Libertador

2015: o ano em que mudou tudo

Não é só a torcida do Grêmio que está achando que o ano que vem será escabroso. Acho que são 15 clubes da primeira divisão que enfrentam essa perspectiva. Apenas os times que encaram a Libertadores no primeiro semestre estão vivendo a ilusão de um bom ano. Enquanto não vazam crises aqui no Inter, o São Paulo acumulou dívidas de 100 milhões em 2014, o Corinthians terá que pagar 100 milhões da primeira prestação da Arena deles em 2015, Cruzeiro e Atlético perderam  a BMG (tem mais crise no Grêmio aqui). 2015 será o ano em que tudo mudou. Será o ano quebradeira da ISL pra um monte de clubes.

 

Crise no Grêmio já chegou até a Europa

A situação tá tão caótica que o Grêmio não consegue vender nem o vice-artilheiro do Brasileirão e nem o artilheiro do ano de 2014. Ninguém tem grana pra pagar. E mais: é uma situação mundial. Apenas os times que tradicionalmente tem dinheiro (Real, ManU, Bayern e poucos outros) farão grandes movimentações na próxima janela de transferências. Tudo por uma resolução da FIFA: não é mais possível, à partir de maio de 2015, jogadores terem participação de empresários. Ou seja, a saída do BMG e da Unimed dos seus times não é apenas uma estratégia: é uma preparação. Essas entidades não poderão mais “encostar” seus atletas em clubes de aluguel (né, seu Sonda?). Como essas empresas não investirão na criação de um time próprio para emprestar seus jogadores (como os velhos tubarões mundiais fazem), isso deve significar a morte dos investidores “de fora”, aqueles caras que ganham sua grana com supermercados e lavouras de arroz e fazem render um pouco mais especulando e inflacionando o mercado de futebol.

Com essa situação, faz todo o sentido a mudança de posição do Grêmio com relação ao Moreno, por exemplo. É um bom jogador que não gostamos, mas rende mais ficando do que saindo. É um baita reforço pro setor mais desgraçado do time em 2o14. E é um cara que não pode ser reserva de maneira nenhuma. O Grêmio de 2015 tem que ter dois centroavantes – Barcos mais fora da área, Moreno dentro. Isso obriga o Felipão a SE ADAPTAR. Nada de montar o esquema e botar peças. Tem que achar o melhor sistema com as peças que tem – algo que o Renato fez muito bem em 2013.

E vou mais adiante: eu não dispensaria o Kléber assim, de cara. É óbvio que ele não serve para centroavante – ainda mais com as opções que temos. Ele já sinalizou, inclusive, que aceita receber menos (eu diminuiria o direito de imagem, pagando uma vez só no ano e referenciado no desempenho do time no campeonato). Assim, olhando pro que rendeu com o Renato e o biotipo/característica quando vindo de frente com a bola, eu não descartaria ele como MEIA, espelho do Giuliano pela esquerda. Os dois tem arrancada, Kléber chuta melhor e faz mais gols que o nosso 88. A única coisa que ele não faz é marcar. O que leva pra defesa: pra quê lateral que apoia se os outros cinco jogadores da frente podem dar conta do recado? Quem era o grande lateral ofensivo da Holanda na Copa? E na Alemanha? Eu sinceramente começaria o ano com um zagueiro na direita, esse Marcelo Oliveira na esquerda marcando, Rhodolfo e Geromel, Wallace de volante; linha de 3 com Giuliano, Douglas e Kléber, Moreno com Barcos na frente.

Não dá pra simplesmente desistir de 2015. Ano que vem vai mudar tudo.

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