Grêmio Libertador

Ajuda do meio

Estamos tendo muitos problemas para jogar contra defesas fechadas. E, na verdade, esse é um problema que todos encontram e tem deixado o futebol bastante chato de se assistir. Se a alma do esporte, o seu momento máximo é o gol, e os times tem preferido evitar levar e fazer se possível, fica essa coisa murrinha de 1×0, 0x0. 2×1 tá virando jogão. É nesse ambiente que um Celso Roth, um Mano Menezes, se cria. E aí faz muito sentido dizer que futebol só é legal se “ganhar título”. Porque comemorar 1×0 só em final – o que não temos mais em grande quantidade.

Porém, não se vai mudar a cabeça dos dirigentes de futebol assim, de uma hora pra outra. Os caras estão lá, esquentando o lugar há mais tempo que eu tenho de vida. E “eles que sabem”, eu sou só um “gurizinho de internet” que acha isso só porque nunca estive lá (e, na real, nem estarei, não sou da panela e não sou formado em direito, estranhamente, pré-requisito máximo para ser qualquer coisa no Grêmio). Então, não adianta – essa lógica do priorizar o gol não vai ser seguida tão cedo no Grêmio. O que gera um problema: com a estrutura e time que temos, como fazer mais gols e vencer as retrancas?

Pra mim, já contribuiu o suficiente. Precisamos de alternativa. Foto do Lucas Uebel (Grêmio Oficial, via Flickr)

O Grêmio tem vitória individual. Dudu e Luan são dribladores. O nosso 7 é o segundo maior do campeonato. E tenta tanto que também é um dos que mais erra (um em cada três que tenta) e o que mais sofre falta no campeonato todo (são 62 até agora). Só que chuta pouquíssimo e mal (só deu OITO certos em todos os jogos que jogou nesse Brasileiro). Acerta um em cada seis cruzamentos. Mas passa bastante para finalização. Então, não é por aí. Luan é o nosso segundo maior driblador, mas, de 19 chutes à gol, só acertou seis vezes. Então, o ataque fica só para o Barcos definir.

Assim, precisamos de ajuda dos meias. Giuliano tem se mostrado muito importante na tarefa. Com menos jogos que os pontas, já tem 12 finalizações e, metade delas, certa. É o cara que mais aparece dentro da área para finalizar quando os pontas se projetam. Precisamos de alguém perto do Barcos (o gol contra o Atlético Paranaense acabou saindo assim, com dois centroavantes) para poder diminuir a marcação sobre ele. E, pra mim, o outro nome que devia ser escalado no meio num 4-1-4-1 é o Alan Ruiz. Embora seja meio dormento (assim como o Luan) e marque mal, é o nosso segundo maior passador para finalização (18 vezes), é o segundo que mais acerta na goleira chutando (13 vezes, contra 16 do Barcos) e o segundo que mais recebeu faltas no time (aliás, com ele e Dudu são 92 faltas recebidas e só um gol da conversão de uma delas, feito pelo argentino, diga-se).

Se o ataque não faz gol, precisamos de ajuda do meio. Sei que a função de marcação é importante pra gente não levar gol, mas não é só isso que precisamos. Não adianta nada ter a posse de bola e deixar para o Ramiro sair pensando o jogo quando a defesa está postada. Precisamos de variação. Será que não podemos testar isso amanhã? Alan Ruiz no lugar do Fillipe Bastos. Porque eu tenho certeza que vem mais uma retranca dos catarinenses.

Comparilhe isso: