Resumo a atuação desta noite com esse pensamento: “Se antes do jogo fechávamos por um empate. Após, estamos lamentando que não o ganhamos”. Tais frases dão a dimensão de quanto o Grêmio foi bem. Bastou dez segundos de desatenção e veio o castigo. Se o resultado foi ruim, a atuação foi promissora.
Dentro da proposta de marcar bem e sair nos contra-ataques, jogamos muito bem e criamos boas chances para marcar. Além disso, com a bola no pé também conseguimos chegar ao gol adversário. Aos quinze minutos do segundo tempo, o resultado de igualdade era injusto, graças a Fábio.
O Cruzeiro, que pouco nos assustou na primeira etapa, depois dos vinte minutos do tempo final exerceu uma certa pressão, mas sem muito perigo à meta de Grohe. O jogo estava controlado e se encaminhava para o empate, quando numa falha coletiva, a mais grave de Pará, sofremos o gol que nos derrotou.
Foto: Gil Leonardi / Agencia Lancepress!
Deixar Dedé percorrer uma boa parte do campo sozinho e não tirar seu espaço para o cruzamento ajudou, mas certamente o erro de Pará foi decisivo para nosso insucesso. Falha esta que destoou de nossa atuação, perfeita até então. Assim como no clássico, bastou um descuido e o resultado manchou o bom trabalho da equipe.
O trabalho de Felipão começa a aparecer, e isso que é apenas seu terceiro jogo. A evolução do time é visível, tanto em termos de organização quanto anímico. Se estamos lamentando essa derrota de hoje, para o melhor time do Brasil, é porque fizemos um baita jogo.
O Grêmio está se reencontrando. Há esperança.
