Grêmio Libertador

A Chico o que é de Francisco

Dizem que todo ditado popular é sábio. Não sei se é verdade, mas concordo com o que dá titulo a este post: se meter pau no filho, bate no pai também.

 

A instituição Grêmio vem, há anos, declarando abertamente sua insatisfação com a atual eterna diretoria da FGF.

Mas, surpresa: decide priorizar um campeonato que nós, torcedores gremistas, não damos valor há tempos (com algumas exceções).

 

O Grêmio poderia ter jogado com os reservas a Libertadores? Claro que sim.

Poderia ter dado tudo certo? Poderia. E deu: somos líderes do Grupo, mesmo com o empate.

A questão não é escolher time A ou B para disputar. A questão é o que os dirigentes e o técnico justificam para a imprensa – e, consequentemente, pra nossa torcida.

 

Tenho certeza que tudo foi muito bem analisado. Que jogar com os reservas uniu o grupo, aumentou a moral de peças que podem ser muito importantes (Arthur), e que matematicamente seriam pontos possíveis de se arriscar numa fase de grupos.

 

O problema foi o discurso.

 

Ao manifestar os motivos para usar um grupo de reservas no Paraguai, a diretoria supervalorizou um campeonato que nada traz pra gente. E assumiu o risco de, com a derrota de ontem, colocar o próprio time titular em cheque.

 

Como diria meu avô: deram um tiro com o revólver colado no coldre.

 

Faltou malandragem. Faltou política. Faltou, o que é pior, qualidade. Tanto do time, quanto da diretoria.

 

Como disse acima, poucos gremistas valorizam ou desejam o Gauchão. Pelo que eu vejo nos grupos de Whapp que participo, a grande maioria prefere poupar titulares, evitar lesões, colocar os jovens pra jogar e ganhar experiência.

 

A grande questão é: por que ninguém faz isso? O que leva a diretoria gremista, independente da gestão, ensurdecer aos anseios da torcida que representa ano após ano?

 

Eu sei que existem torcedores preocupados com a flauta dos amigos Colorados. Não consigo entender como algo tão pequeno possa fazer diferença nos rumos de 2017. Ano passado, quase 100% dos campeões estaduais acabaram o ano brigando para não cair pra Série B – e alguns não conseguiram, como todos sabemos.

 

O que irrita, mesmo, foi a falta de inteligência: ontem nós poderíamos ter perdido muito pouco com a desclassificação. Mas não foi o que aconteceu.

 

Ao externar os motivos que fizeram o clube poupar seus titulares para o jogo contra o NH, optaram por jogar gasolina num palito de fósforo.

No lugar de dar um basta ao câncer Noveletto, demos apoio.

A Chico o que é de Francisco, só que ao contrário.

 

Parabéns a todos os envolvidos.

 

 

 

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