Grêmio Libertador

Deixem o Luan jogar

Dia 27 de março Luan completa 22 anos. Qualquer pessoa nessa época da vida está em formação profissional, esquecerei neste texto a questão pessoal do jogador. Alçado a equipe principal em 2014 depois de um bom Gauchão, o jogador ainda é tema de intenso debate entre os gremistas.

Num esporte tão passional quanto o futebol, o torcedor quer tudo para ontem. Os longos anos sem títulos nos deixaram ainda mais impacientes, e quando o assunto é categoria de base, parece que a palavra paciência não existe.

Inúmeros atletas vindos de fora passaram aqui e mesmo ser ter qualidade alguma tiveram tempo e até calma por parte da torcida para mostrar seu pouco futebol. Outros que foram forjados pelo clube tiveram que sair porque além da forte cobrança que a seca de títulos traz, o torcedor não teve a calma que precisa no momento em que um jovem chega ao elenco profissional. E nem mesmo os dirigentes souberam administrar isso e acreditar nestes jogadores. Como resultado, fomos ao mercado contratar jogadores medianos a um alto custo, o que ajudou a minar as finanças da instituição.

Foto: Flickr Grêmio Oficial

Ano passado Luan provou que tem qualidade. Evidente que ainda tem muito a evoluir e precisa corrigir alguns problemas que apresenta durante os 90 minutos. Mas pergunto: qual jogador é afirmação com essa idade, tirando exceções como Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo? Só um extraclasse é unanimidade tão jovem, e todos sabemos que Luan não é craque. Tem sim potencial para ser um ótimo jogador se corrigir alguns defeitos que possui.

Luan tem apenas um ano como profissional e jogou, em 2014, 50 partidas pelo Grêmio. Virou titular e teve a responsabilidade – e foi muito bem – de disputar uma Libertadores com o peso da cobrança da imprensa e do torcedor. Tem muito a evoluir e seguirá oscilando durante as partidas, mas não podemos ser tão críticos com quem tem talento.

Se 2015 será marcado pela base sendo protagonista, achar que Luan é o ‘novo Bruno’ é olhar o copo meio vazio. Está na hora de olharmos mais as qualidades que os defeitos de nossos jovens atletas, ou num futuro próximo vamos aplaudir pernas de pau contratados a peso de ouro.

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