Grêmio Libertador

Desabafo

É fato que não existe democracia sem política. A política é a ciência que permite que todos membros de uma determinada sociedade tenham voz ativa. Mas como quase tudo na vida, por mais que a política sirva na sua essência a um bem maior, não está livre de ser usada de forma errada, prejudicando muitos em benefícios de uns poucos.  Cabe a quem faz uso dela que a use com inteligência e honestidade, apenas inteligência e honestidade, sem nenhum tipo de passionalidade.

Infelizmente muitos torcedores do Grêmio, abrem mão de inteligência e agem de forma passional. Misturam Grêmio com gestão, paixão pelo clube com apoio incondicional.

Criticar a gestão atual não significa preferir a anterior, não significa não dar apoio ao clube. Significa ter uma opinião diferente, não concordar com o trabalho que está sendo realizado.

Comecei a escrever nesse blog na Gestão do Duda Kroeff, de lá pra cá critiquei ele, o Odone e o Koff. Em todas às vezes que critiquei um deles, fui acusado se ser simpatizante de outro e quando elogiei diziam que eu tinha interesses.

É tão complicado entender que posso elogiar e criticar uma mesma gestão, sem ser situacionista ou oposicionista?

Se me pedissem uma lista de 10 nomes para técnico do Grêmio, o Enderson, com certeza, não faria parte dela, mas torço para que ele seja o melhor técnico que o Grêmio já teve. Da mesma forma desejei isso para o Renato, para o Luxemburgo e até Celso Roth. Mas independente disso, nunca deixei de criticar os técnicos que já passaram, como criticarei o Enderson se assim eu achar que devo.

Outro fato irritante nisso tudo é que quando você diz “-Fulano fez tal coisa errada”, sempre aparece um pra rebater dizendo “- Ahh, mas o beltrano fez não-sei-o-quê também”. Aí eu pergunto:  – E daí? Eu estou falando que A agiu errado, não estou falando de B. Depois que terminarmos de falar dos erros de A, vamos falar também dos erros de B, sem problema.

Quem apoia ou rejeita de forma incondicional, um partido, um político, uma gestão de um clube ou tem interesses pessoais em jogo ou é burro, porque não existe um político, um partido, um gestor que seja 100% competente ou 100% incompetente. Quem age com inteligência e isenção aplaude acertos, critica erros, independente de correntes ou siglas.

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