Grêmio Libertador

Drone é pouco pra quem tem o VAR: Grêmio 1×0 Lanús, gol de Cícero

O futebol é feito de alegorias militares há muito tempo. Seja chamando de casamata o espaço onde o treinador fica, com o olhar do treinador à altura das pernas dos jogadores, tal qual um bunker da primeira guerra mundial, seja pelos artilheiros que fuzilam os goleiros. Fica ainda mais lindo nessa vitória de hoje se dar conta que Cícero, o autor do gol, tem o nome inspirado em um romano, dos tempos de Júlio César, o conquistador. Na Libertadores da América, que homenageia os grandes libertadores das colônias da dominação europeia. Cícero, que trouxe pra língua latina o espírito do passado, dos gregos, para levar a sabedoria filosófica ao ambiente belicoso de uma final. Opositor de Marco Aurélio, convertido ao cristianismo: Cícero sai do banco pra ser o nome desse primeiro nome da final.

O jogo? Se alguém conseguiu ver o jogo sóbrio aproveita aí pra comentar. Eu vi bebendo. Vi nos primeiros minutos um Grêmio que queria a posse da bola e tentava marcar pressão para não deixar o adversário amorcegar. Vi outra vez esse PULHA desse juizinho DE MERDA que já tinha ferrado o jogo contra o Barcelona repetir o crime: falta? Pro adversário. Cartão? Pro Grêmio. SEIS PENDURADOS, quatro cartões dados e SÓ UM acertou um jogador do Lanús pra tirar ele da final. E dois cartões pro Grêmio, sendo um pro Kannemann por ser empurrado. É de cair o cu da bunda.

Dominamos até os 15, enquanto conseguimos marcar em cima. Equilibraram até os trinta, quando conseguiram jogar só pela bola parada, ensaiada. E chegaram com muito perigo dos 30 aos 40, quando o Grêmio tirou a pressão. E aí o Grohe fez dois gols para o Grêmio. Mais dois gols pra esse cara espetacular. O melhor goleiro do Brasil na atualidade. Repetiu o que vem fazendo. E tivemos poucas chances porque faltava força mental pro Fernandinho, faltava chute de fora de qualquer um. Tivemos duas chances roubadas de bola do goleiro com chutes completamente pra fora.

CÍCERO. Cícero. Cícero. Foto: Lucas Uebel: Grêmio Oficial (via Flickr)

Entra o segundo tempo e o Renato, mais uma vez, mostra que é O CARA. Joga o time pra uma pressão dentro do campo do adversário. Se o Sand estava na intermediária defensiva o Geromel tava no círculo central. E aí o Grêmio ENGOLIU o Lanús. Organização tática o caralho, o Grêmio mostrou que esse time é MINÚSCULO. Que essa porcaria de time argentino está na final graças à CONMEBOL. Que vai decidir em casa por causa de três gols feitos com uma caneta. Por causa de uma porcaria de um VAR que só é usado à favor, nunca contra.

Foi Cícero que deu justiça ao marcador. Aquele que tem o nome inspirado em quem trouxe os filósofos Gregos ao embate político em Roma que entrou, substituindo o Jaílson, amarelado. Cícero trouxe a memória do título perdido em 2008 em casa pra ensinar os caminhos da vitória pro tricolor. Edílson emulou outros grandes tribunos gremistas e deu um CHUTÃO do meio de campo. Tal qual um Renato de 1983, um Carlos Miguel de 1996, o nosso camisa dois lançou na área do meio de campo, para o Jael emular Zé Afonso e escorar para o gol de um reserva. A reserva de qualidade que o treinador pediu. Cícero desviou e marcou o gol que desafogou 55 mil gremistas.

Jael que sofreu um PÊNALTI ESCANCARADO no último lance do jogo. Que daria uma grande vantagem para o jogo de volta. Aquele lance que será discutido por longos SETE DIAS. Eu queria jogar já amanhã. Eu queria não estar bêbado. Mas nada disso é possível. Então, vamos sobreviver até o dia 29. Os primeiros 90 minutos já passaram. São nossos. Precisamos de mais 90. E, POR FAVOR, CONMEBOL, com um juiz decente. Eu já tô com vontade de pedir pro FBI verificar as casas de apostas. É coincidência DEMAIS pra um time só.

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