Grêmio Libertador

E a mágoa impera…

Boa parte da imprensa esportiva gaúcha teve que engolir o choro e tentar lucrar com a chegada do Felipão  ao Grêmio. Toda a propaganda negativa foi suavizada pela TORRENTE DE AMOR da torcida do Grêmio para com o grande Luís Felipe Scolari. Um treinador que não apenas levou o Grêmio a uma sequência monstruosa de 4 grandes títulos seguidos (94, 95, 96 e 97, mesmo que sem ele no comando). Ele é gremista DE NASCENÇA, ou seja, não escolheu o time pra dizer que é torcedor só porque conquistou o seu maior título no clube (até porque ele já foi campeão igual em outros clubes E seleção). E isso gera mágoa. Ele deu uma cara para o Grêmio que perdurou até a chegada do Tite (e a entrada em parafuso subsequente).  Nada melhor que ele para dar tempo para as coisas se arrumarem.

Sente o abraço da torcida. Foto do Wesley Santos.

Porém, já está (ou estava) contestado. Graças à propaganda negativa que tentou  pintar ele de vilão ainda em 2012, enquanto enfrentávamos aquela semifinal BIZARRA, onde Palmeiras e Grêmio estavam com os treinadores errados.  Porque quem viveu os anos 90 não conseguia nem racionalizar o quão errado aquilo estava. E até gremistas entraram naquela onda odiosa, seja porque estavam  secando a eleição do Koff, seja porque simplesmente entraram na onda do “arrogante” – faceta que só aparece contra alguns elementos da imprensa desde que ele começou no futebol, diga-se. Os coices nas coletivas são parte integrante do Felipão. Uma coisa que sempre gostei.

A tentativa de racionalizar fez a imprensa apelar pro 7×1 ou, pior, inventar o tal 10×1 (depois de um certo treinador inventar a vitória por tempos, amplamente aceita pela imprensa). Ou seja, Felipão chegou ao Grêmio com um amargo e recente 4º lugar na Copa do Mundo, duas derrotas seguidas. Outros foram lá pra 2012, dizer que o Felipão deixou  o Palmeiras no rebaixamento quando foi demitido, esquecendo que foi o mesmo cara que ganhou uma Copa do Brasil com cruzamento de Joãozinho para gol de Luan (onde andam esses craques?). “Péssima escolha”, como cravou a esmagadora maioria da imprensa até a confirmação tanto da chegada dele, quanto da pouca bola que a maioria dos gremistas deu para a opinião desses caras.

Mas, imagina se o Felipão tivesse fundos praticamente ilimitados para montar um time. Recebesse ele praticamente fechado por um Muricy (notório formador de plantéis). Naturalmente, fosse campeão e tivesse que reformular o time pra próxima temporada e sendo tão “competente” nisso que deixou o seu time após CINCO DERROTAS SEGUIDAS, com ele ocupando a zona de rebaixamento com uma Ferrari contra um bando de Fuscas. Seria uma “péssima escolha”, certo? Não foi o que a mesma imprensa que  critica o Felipão fez com o ABEL BRAGA, quando assinou com o Inter. Ele não era nem antiquado, nem arrogante, nem manifestação de pensamento mágico.

Não se deixe enganar, gremista. A imprensa será cruel com o Grêmio. É hora de ter paciência. Se o Felipão não for o cara perfeito, pelo menos é mil vezes melhor que o Enderson. Vamos evoluir. E que venha a Copa do Brasil.

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