Grêmio Libertador

É contigo, Felipão!

A volta de Felipão e o clássico Grenal no horizonte colocaram o jogo de hoje em segundo plano. André Jardine fez o que prometera em entrevista e de fato o Grêmio teve uma boa atuação na primeira etapa. Já nos 45 minutos finais, velhos problemas e uma atuação lamentável de Sandro Meira Ricci tiraram mais três pontos do Tricolor.

Primeiro tempo
Mantemos o 4-2-3-1, com Luan pela esquerda e Dudu pela direita, porém, o time foi mais compacto e se movimentou o tempo inteiro, dando opções de passe. Os chutões ocorreram em último caso, e a bola foi sempre bem trabalhada até chegar ao ataque. O time jogou mais perto, foi nítida a melhora neste sentido.

Se Giuliano foi discreto, Dudu, aberto pela ponta e Luan cortando para o meio foram os grandes organizadores da equipe. Dudu deu dois ótimos passes para Barcos, que aproveitando a primeira assistência marcou. Breno apoiou mais do que Pará, e em passe de Giuliano quase ampliou em um chute cruzado.

Em termos defensivos fomos pouco testados. Com o quarteto final realizando pressão na saída de bola adversária, em alguns momentos Riveros e Edinho ficaram sobrecarregados e o Vitória teve alguma liberdade na entrada da área, mas não soube aproveitá-la. Ao fim do primeiro tempo era claro que o resultado poderia estar mais elástico.

Segundo tempo
Início meio louco com uma bola no poste num lance em que o atleta do Vitória tentou o cruzamento. Voltamos mal. Baianos tiveram toda a iniciativa do jogo e não conseguíamos acertar o contra-ataque e nem mesmo trabalhar a bola. Quando finalmente acertamos uma estocada, Luan perdeu boa chance num passe de Riveros. A falha, assim como outras no primeiro tempo, foi castigada no minuto seguinte, quando levamos o empate em um lance discutível de falta do atacante em Geromel e uma falha de Marcelo Grohe.

Depois da igualdade saímos mais para o jogo, mas o time não teve a organização e não criou chances como fizera no primeiro tempo, além do mais, Jardine retirou Luan, nosso principal organizador, já que Giuliano sumiu ainda mais. Nos perdemos. Para completar, Sandro Meira Ricci inventou um pênalti para o Vitória e veio a virada. A partir daí, foi só bagunça até o apito derradeiro.

Creio que o principal problema do jogo de hoje foi, novamente, não matar a partida enquanto éramos melhores. Precisamos corrigir isso imediatamente. Evidente que a atuação desastrada de Sandro Meira Ricci também foi decisiva, mas se tivéssemos feito o dois a zero o jogo era outro.

Além disso, a apatia retornou quando do gol de empate. Seja qual for o resultado, os jogadores têm o mesmo comportamento dentro de campo. Felipão, que sabe o que a torcida quer de cada atleta que veste a camisa do Grêmio, certamente terá muito trabalho neste sentido. Ter uma equipe que ‘morre atirando’ é fundamental.

Que Felipão comece bem o seu trabalho. Que o Grêmio volte a ser Grêmio.

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