Grêmio Libertador

E era isso: não mudar

Pra provar que não era pra mudar porcaria nenhuma depois do Grenal, o Grêmio, aparentemente sem treinador, conseguiu fazer os três pontos que tanto buscávamos desde o início do campeonato, nos deixando com os mesmos quatro pontos de uma certa seleção que tem por aqui no RS, por sinal. E não foi apenas uma vitória: foi uma atuação como eu esperava do time base do Ruralito. Sólida defensivamente, razoavelmente boa ofensivamente. E SUFICIENTE para vencer as babas que tínhamos nas primeiras rodadas.

Entramos em campo com o tradicional 4-2-3-1, mas com o Pedro Rocha no ataque. Isso por que ele fez dois gols no último jogo que vencemos (na Copa do Brasil), provavelmente. Ou seja, bota na frente quem está em melhor fase. Porém, não é bem assim que as coisas são. Se no 4-4-2 do Felipão dois atacantes rápidos era uma boa, nesse esquema precisávamos de alguém segurando zagueiros. E foi exatamente o que não tínhamos em todo o primeiro tempo. Mesmo assim, só nós tivemos chances de fazer gol no primeiro tempo. A única deles foi travada pelo Rhodolfo (que zagueiro!) antes mesmo de ir pro gol. Marcelo Grohe era espectador de um jogo que mostrou pouco.

O time nervoso perdia muitas bolas e errava lances bizarros. Giuliano teve a melhor chance da etapa, mas o goleiro conseguiu fazer uma boa defesa. Além disso, o mesmo meia fez um giro grotesco em uma boa bola enfiada pelo Marcelo Oliveira, que estava fazendo outra partida padrão: aparecendo muito, produzindo pouco. E o Galhardo conseguindo a façanha de ser pior ainda.

Segundo tempo eu não esperava muito. Ainda mais de um treinador (o James RODRIGUEZ), que eu já não gostava nem na base. Porém, começou fazendo algo que eu pensava que deveria ter feito desde o início: jogar um cara que segurava zagueiros lá pra frente. Isso abriu espaços na defesa para a chegada dos meias. Mas ainda não foi suficiente. Douglas produzia pouquíssimo, Giuliano errava tudo e Luan seguia sendo Luan. Aí é que as coisas começaram a mudar: Mamute veio no lugar do Douglas. Eu não queria que o meia saísse (que entrasse o Lincoln, então).

Mas a alteração foi ótima. Mamute foi COMPLEMENTAR o Braian sendo um atacante bem aberto pela esquerda. Isso deu mais espaço ainda e acabou com o esquema do Figueirense. NINGUÉM esperava isso. E o panorama afundou completamente quando o Galhardo se machucou e saiu pra entrada do Bastos. Tivemos uma jogada muito melhor pela direita (ofensivamente, porque defensivamente foi difícil) e acabamos com a marcação do adversário. E foi no meio dessas grandes ideias que Mamute fez uma jogada primorosa pela esquerda para achar o Marcelo Olivieira completamente livre pra calar a minha boca e fazer um cruzamento ESPETACULAR para um testaço do Braian Rodriguez: Grêmio 1×0. E não precisava de mais nada. Seguramos e vencemos.

CENTROAVANTEANDO. Foto do Lucas Uebel, Grêmio Oficial (via Flickr)

Se tivéssemos feito isso desde o início estaríamos nas cabeças. Mas vamos, ainda dá tempo.

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