Grêmio Libertador

E, quando não podíamos errar…

Era claro que o Palmeiras jogaria como jogou. Era óbvio que viria fechado, explorando contra-ataques. Também era óbvia a escalação ideal para o Grêmio. No máximo, um tiro no escuro de começar com um guri verde, como o Rondinelly no lugar de um cara ruim, mas rodado, que é o Marco Antônio. Ainda mais no aquário onde jogamos. Não havia condições de jogar futebol de verdade. E, nos primeiros minutos o Grêmio tentou. Tentou tanto que errou o suficiente para tomar 10 minutos de sufoco de um time retrancado.

Óbvio também seria que o juiz seria caseiro. E que o tricolor começaria nervoso. Porém, na medida que o time deles também não passava confiança, crescemos no jogo e fomos muito bem. As coisas estavam mostrando que tínhamos condição de ganhar. Mas faltava paciência. A bola do Pará, alta, enquanto tínhamos dois atacantes livres para bola rasteira foi um sintoma. O Léo Gago querendo reagir ao Felipão foi outro. Se tivéssemos um pouco mais de calma, os gols sairiam.

Segundo tempo e o Luxemburgo volta com dois meias, mesmo com o campo cheio d’agua. Mas tudo bem, podíamos ganhar faltas. E, realmente, começamos a amassar o adversário. Vinte e poucos minutos, e só nós podíamos chegar ao gol. O André Lima entrando no lugar do Marco Antônio era desespero. Mas tudo bem, bumba meu boi, eles estão deixando e uma hora entra. Nem dez minutos depois disso, Miralles começa a aquecer. Torci desesperadamente para fazermos um gol. Eles acabaram de colocar o Valdívia, como estava o jogo ele dificilmente ia pegar na bola e teríamos a superioriade de marcar só um jogador. Saiu o gol.

Naquele momento eles estavam desesperados. Tinham que cuidar de dois atacantes plantados e mais o Kleber. Dos 4 zagueiros deles, 3 estavam ocupados. E com o Rondinelly para aparecer junto. Tinha cara de mais um e pênaltis. Porém, MESMO ASSIM O MIRALLES ENTROU. Depois disso, não conseguimos mais um arremate sério no gol. O ruim do André Lima ficou como o Moreno estava, cercado por dois. O zagueiro esquerdo grudado no Kléber. O Miralles aberto, como sempre. Perdemos completamente a marcação no meio e não tínhamos mais nada a não ser o chutão, que não ficava lá, porque o Moreno não estava mais para proteger.

Resultado? Tomamos um gol. Em um lance imbecil, de puro desespero e falta de organização. Desespero que terminou em completa insanidade quando ficaram magoados com balõezinhos e com a imbecilidade do juiz que expulsou injustamente o Rondinelly. Eles com um só jogador a mais e nós só com o chutão para jogar. Só restou agonizar.

Pra mim resta uma constatação: podíamos ganhar o jogo por dois gols. Não fizemos por causa do técnico, que mudou errado, quando dominávamos o jogo. Mais uma vez.

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