Grêmio Libertador

Fazendo o certo do jeito errado

Perdemos, como o Presidente previu. Jogamos com o esquema certo mas com os jogadore errados. A melhor partida dos não-titulares no Ruralito foi o 5×0 aquele, com esse mesmo esquema. Porém, os jogadores eram quase todos juniores. E o principal: tínhamos uma invenção muito bem feita pelo Roger. Com a expulsão do Alex Telles, inventou o Biteco na ala esquerda e o guri barbarizou. Aí, justo no jogo onde ele ia acabar com um arremedo de lateral direito, ainda mais marcando, o Grêmio não resolveu usar essa arma.

Outra coisa evidente era que eles iriam atacar. Aí, o mais lógico seria que nós contra-atacássemos. E aí, não ter o Bertoglio em campo se mostou outra grande bobagem. O Moreno deveria ter ficado em Porto Alegre e a dupla de ataque deveria ser Welliton e o argentino. Nós não tínhamos nada a perder mas, mesmo assim, o treinador teve medo de arriscar. Outra vez fica a pergunta: se eram os reservas, porque o treinador titular? Se ele perdesse, como perdeu, teria que enfrentar um monte de questionamentos. Se fosse o Roger no banco, nem os repórteres teriam o que dizer.

Claro, ninguém garante que, assim, ganharíamos o jogo, ou jogaríamos muito melhor (se bem que jogamos algo perto de nada). Porém, em momento algum ganhar o jogo pareceu preocupação do treinador ou dos reservas. Acho que o Adriano poderia ter jogado e a dupla com o Mateus Biteco foi muito bem (mesmo com o guri errando nos dois gols deles, ele tem muita qualidade de passe e uma inteligência/velocidade de raciocínio raras para um segundo volante). Mas o Marcantônio não. Aí um 3-6-1, com Welliton na referência, G.Biteco pela esquerda e Betoglio na direita mais atrás, uma linha de quatro (Adriano e M.Biteco de volantes, Alex Telles e Tony nas alas) e os três zagueiros que entraram em campo e teríamos mais meio de campo que eles e mais chances de chegar rápido no contra-ataque.

No mais, o 3-5-2 (ou o 3-6-1, como sugeri) é uma boa alternativa para o ano, ainda mais em momentos em que o time adversário tenha um histórico de jogar retrancado contra o Grêmio. Mas tem que escolher as peças certas para a tarefa. O time de cima pode funcionar muito bem com essa configuração, usando o Zé na ala esquerda e o Pará na direita, com o Kléber (bota quem quiser aqui) e o Vargas chegando e o Barcos lá na frente, Fernando e Souza na volância. Tem muitas maneiras para ser útil.

Mas, como já falei: parece que vencer o jogo não era uma prioridade. O banguzinho de 1995 sempre queria ganhar, mesmo com o ruralito não sendo prioridade. Que a lição fique para o segundo turno.

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