De uns tempos pra cá, o futebol brasileiro vem sofrendo por conta da, vejam só, profissionalização. Quantas vezes já vimos, ouvimos ou lemos entrevistas de jogadores se dizendo profissionais e que fazem tudo aquilo pelo que são pagos? Não tem nem como condená-los, afinal, essa um profissional é alguém que é remunerado pra exercer uma determinada atividade. Comigo é assim, contigo é assim, com qualquer profissional é assim. Já o amador, como bem o termo diz, AMA o que faz e leva esse amor na função. No futebol, que está cada vez mais com cara de negócio, ser amador fez diferença.
Todos sabemos que Felipão é gremista. Muito gremista. E, mesmo sendo um profissional, não deixou de lado o sentimento que carrega desde pequeno. Só isso justifica o discurso pós-Grenal no vestiário da Arena (avance até os 9min14)
Alguns acharam que era só pelos 7-1 (que continuem), mas eu vejo muito mais como a alegria por conseguiu retribuir (ao clube, ao amigo Koff, à torcida) o acolhimento recebido quando mais precisava. Não tem sentimento melhor que esse.
Um simples profissional comemoraria a vitória e mandaria uma banana pros críticos. Felipão, não. Além de não ter absolutamente nada pra provar pra ninguém (muito menos seus críticos ferrenhos), conseguiu dar ALMA prum time normal, que jogava um futebol normal e tinha resultados normais. Nenhum técnico profissional é contratado pra fazer os jogadores conhecerem o Clube ou fazer com que cantem o hino dentro do vestiário depois de uma vitória.
Isso tudo graças ao velho, ultrapassado e amador Felipão.
