O Roger parece que ouviu um relatório do Regor do que aconteceu no jogo contra o Botafogo. Porque realmente acreditou que o problema do time era apenas o gramado irregular. Eu avisei no jogo passado, o problema era a falta do Miller e a falta de proteção dos laterais. O gramado melhor apenas ilustrou que, talvez, o grande prejudicado tenha sido até o Botafogo. Repetimos o filme de terror do jogo atrasado de domingo.
O Grêmio até controlou o início do jogo. Antes dos 10 o Henrique Almeida chutou em cima do zagueiro em ótima jogada individual do Edílson. Logo em seguida, com boa subida do Marcelo Oliveira, pênalti não marcado aos quinze do primeiro tempo. Em seguida a zaga deles, que tava louca pra entregar, perdeu a bola pro Douglas que tentou fazer um golaço, mas errou a goleira, aos 20. Parecia tranquilo, embora ainda com os mesmos erros do Rio: Henrique Almeida no mundo da lua e laterais tomando uma ruim porque estavam sempre com alguém procurando as suas costas.
Ninguém prestando atenção. Um resumo do Grêmio. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Facebook)
Aí que o filme de terror se instaurou. Aos 21, falta que ninguém viu (nem replay teve) e tomamos um gol de bola aérea. Aos 23, o Henrique Almeida voltou a aparecer, chutando pra fora depois de não ser opção para o nosso bom ataque. Aos 30, outro. Rateada do Geromel na linha de impedimento e gol do Leandrin CNH na saída do Grohe. Aos 32 outra chance deles, chute de fora da área no contrataque. Aos 33, finalmente, entrou Pedro Rocha, pra recompor a defesa com um 4-4-2. Mas nem deu tempo. Aos 34, 3×0 Coritiba. Aos 38 levamos outro contrataque e mais um gol. E fim do primeiro tempo.
O Henrique Almeida, embora aparecendo, estava no mesmo nível dos outros jogos (4º volume morto). Grohe aceitou tudo, não defendeu praticamente nenhuma bola. Wallace Reis foi um me dá. Teve participação decisiva em todos os gols: não subiu no primeiro (ele tava no meio dos três zagueiros do adversário), se embananou com o Geromel no segundo, deixando em condições o Leandrin, estava de costas e não viu a infiltração nas costas dele no terceiro e, além de dar condições, só cercou o atacante adversário no quarto gol. A coisa estava vergonhosa. Mas não dá pra dizer que ninguém avisou. Faltou humildade pra reconhecer a merda que fez no Rio de Janeiro e buscar outra solução. E isso é irritante demais.
Entrou o segundo tempo e o Roger resolveu pisar em cima do torcedor. Meteu MAIS UM ZAGUEIRO, o Kanemman, pra tirar o Henrique Almeida, quando o óbvio era o Guilherme. Logo aos 2 minutos, Grohe salvou o Grêmio de levar a maior goleada da história contra o Coritiba. Aos 11 OUTRO PÊNALTI que o juiz não deu. Aos 12 gol do Grêmio anulado por impedimento. Não que o time estivesse jogando alguma coisa, simplesmente o Coritiba desistiu. Geromel era o criador de jogadas do Grêmio pelo lado direito. O Grêmio estava ridículo, sem ataque, sem defesa. Me repito demais se disser que era tudo um filme de terror?
Tanto que aos 15 e 17 quase que o Coritiba ampliou. Edílson era completamente dispensável nessa altura do jogo e era preciso mais um atacante para poder agredir o Coritiba. Mas os minutos iam passando e o Grêmio seguia a mesma coisa. Aos 21, olé da torcida. O jogo acabou e os jogadores ainda estavam lá, jogando, por mais meia hora. Aos 44, Pedro Rocha ainda teve a chance de diminuir mas o zagueiro adversário salvou a bola com o goleiro já batido na jogada. Morremos com uma alteração por fazer. De inanição. O final passou de filme de terror para comédia pastelão.
Com 10 pontos de desvantagem para o líder, é oficial: a única chance de título é na Copa do Brasil. E não me peçam empolgação.
