Grêmio Libertador

Freud explica?

Tem dias que eu realmente não gostaria de escrever nada, pelo puro mecanismo de defesa, não querer analisar nada para não sofrer com o perigo que se aproxima.

Com o passar do tempo estou percebendo uma bipolaridade na minha personalidade de torcedor. Alternando euforia e depressão no mesmo dia. Acreditando ser normal o insucesso sem fim e em seguida querendo cabeças degoladas.

Ainda estou tentando reprimir aquele gosto amargo das eliminações na boca. Mas ele insiste em salivar nas papilas e me fazer cuspir a realidade.

Acho que fiquei assim por ter acreditado quando ouvi o discurso de que iríamos virar o jogo sobre o Juventude e depois que iríamos fazer um jogo de superação contra o Rosário. Confesso que estou com o ego ferido.

Acreditar cegamente na palavra dos jogadores e direção foi meu erro. Deixei que eles me motivassem e levei um tombo maior que o esperado. Melhores eram os discursos quando ele não prometiam nada e nós não alimentavamos esperanças.

E quando penso em me motivar vejo se avizinhando um Brasileirão dos mais cascudos. Um início de 5 jogos complexos, difíceis em que estreiam junto no campeonato a desconfiança e incredulidade da torcida. Eliminados por um time da Série C no Gauchão. Qualquer time da Série A trará mais dificuldade.

A única vantagem que consigo ver nisso é que, se a tabela está difícil no começo, ela será mais fácil no final.

Mas num ato reflexo do cérebro vem a pergunta:

MAS O QUE É FÁCIL PARA O GRÊMIO?

Se jogamos com os grandes e perdemos, dizem ser natural a troca de pontos entre equipes do mesmo patamar. Se jogamos com times pequenos e perdemos, dizem que temos dificuldades contra times de menor expressão.

Parece que estamos num patamar de mediocridade insuportavelmente estável.

Enfim, Melhor seria ter deitado no divã e não me posto a escrever.

Bora Patrolar?

Comparilhe isso: