Freud explica?

1 Postado por - 11 de maio de 2016 - Artigos

Tem dias que eu realmente não gostaria de escrever nada, pelo puro mecanismo de defesa, não querer analisar nada para não sofrer com o perigo que se aproxima.

Com o passar do tempo estou percebendo uma bipolaridade na minha personalidade de torcedor. Alternando euforia e depressão no mesmo dia. Acreditando ser normal o insucesso sem fim e em seguida querendo cabeças degoladas.

Ainda estou tentando reprimir aquele gosto amargo das eliminações na boca. Mas ele insiste em salivar nas papilas e me fazer cuspir a realidade.

Acho que fiquei assim por ter acreditado quando ouvi o discurso de que iríamos virar o jogo sobre o Juventude e depois que iríamos fazer um jogo de superação contra o Rosário. Confesso que estou com o ego ferido.

Acreditar cegamente na palavra dos jogadores e direção foi meu erro. Deixei que eles me motivassem e levei um tombo maior que o esperado. Melhores eram os discursos quando ele não prometiam nada e nós não alimentavamos esperanças.

E quando penso em me motivar vejo se avizinhando um Brasileirão dos mais cascudos. Um início de 5 jogos complexos, difíceis em que estreiam junto no campeonato a desconfiança e incredulidade da torcida. Eliminados por um time da Série C no Gauchão. Qualquer time da Série A trará mais dificuldade.

A única vantagem que consigo ver nisso é que, se a tabela está difícil no começo, ela será mais fácil no final.

Mas num ato reflexo do cérebro vem a pergunta:

MAS O QUE É FÁCIL PARA O GRÊMIO?

Se jogamos com os grandes e perdemos, dizem ser natural a troca de pontos entre equipes do mesmo patamar. Se jogamos com times pequenos e perdemos, dizem que temos dificuldades contra times de menor expressão.

Parece que estamos num patamar de mediocridade insuportavelmente estável.

Enfim, Melhor seria ter deitado no divã e não me posto a escrever.

Bora Patrolar?

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6 + comentários

  • Thiago aquino 12 de maio de 2016 - 06:56 Responder

    Concordo total. Essa coisa de que sempre temos uma desculpa: perdemos pq o adversário fez o primeiro jogo em casa e levou vantagem; perdemos pq não conseguimos fazer a vantagem no primeiro jogo. Po, falta regularidade, nem pra quando ganhmos conseguimos ter isso. Não querendo ser corneteiro, reclamao e etc, mas nos falta demais um poder de decisão. Jogos decisivos no brasileirão, alguém lembra quando ganhamos algum assim? Grenal no gauchao (não dou a mínima pra ele, mas acho horrível ir pra aqueles grenais no começo do ano e ter de pensar que o empate eh um resultado razoável). Jogos decisivos na libertadores? Pelo amor de deus, só vergonheira nas oitavas desde 2011. Em suma, éramos um time copeiro, que na hora da decisão crescia – hj somos a antítese disso.

  • Fábio Viana 12 de maio de 2016 - 08:18 Responder

    Grêmio é o retrato do Brasil. Não há a mínima esperança “que dê certo.
    Um time que vai à campo com:
    M.Oliveira, que não acerta um passe de 3 metros.
    Maicon, que tem um arranque de navio petroleiro.
    Douglas, o “homem da bola parada” que não acerta uma.
    Fica difícil.

    “Ah! Mas ano passado esse time jogou muito bola”. Jogou, mas hj o M.Oliveira e Maicon estão mal, física e tecnicamente e Douglas está uma no mais velho, um ano mais fumado e um ano mais barrigudo de cerveja.
    Não podem fardar neste momento. No futuro, quem sabe.

    Porém Roger vai insistir nos mesmos erros e a nova direção parece estar preocupada com outros assuntos. Em estabelecer prazo para o Roger, encontrar novo diretor e em contratações.

    Essa nova direção passa a impressão que nem tem jogo no domingo.

    • De Leon 12 de maio de 2016 - 21:35 Responder

      Fabio…. o Brasil sempre foi Brasil, continua….
      O GRÊMIO nem sempre foi Brasil.

  • Mica Lins 12 de maio de 2016 - 11:02 Responder

    Eu, ao contrário, não consigo ter perspectivas, não há euforia, pois infelizmente criei um monstro e ele está na figura do Fred, o zagueiro “cobrador de faltas”.

    Freud explica, mas não trata.

  • Mauro Dutra 12 de maio de 2016 - 11:41 Responder

    Façamos uma reflexão: de 2010 pra cá, tivemos campanhas boas no Brasileiro (2010, 2012, 2013 e 2015), campanha mediana (2014) e campanha fraca (2011). Mas sempre com times bastante parecidos, apesar de algumas situações bem distintas, como, por exemplo, os dois times de Renato:
    2010: time ofensivo, supreendeu o Brasil com o losango Adílson, Rochemback, Lúcio e Douglas. Além do “trio final” composto por Douglas, Jonas e André Lima, que fez jogos muito bons, com boa média de gols.
    2013: time que focou bastante na marcação, jogava com 3 volantes e um armador apenas, jogava “por uma bola”. Dificilmente perdia, mas ganhava, quase sempre, por 1×0
    Podemos fazer um ótimo campeonato Brasileiro com este time, com algumas reposições específicas, principalmente pro sistema defensivo e a recuperação de algumas individualidades, como o Maicon. Mas, por exemplo, nosso sistema ofensivo tem opções de muita qualidade, com Luan, Miller, Pedro Rocha, Éverton, Henrique Almeida e Bobô.
    Dá pra patrolar sim.

  • Artur Wolff 12 de maio de 2016 - 15:13 Responder

    Entrando em campo de novo com estas nabas que o colega citou acima mais Giuliano que nas últimas 25 partidas jogou duas bem, vamos jogar estas 5 primeiras partidas difíceis e provavelmente fazer 5 ou 6 pontos dos 15. Daí quando a merda estiver feita de novo começam as mudanças e reforços…..
    A limpa (dispensa ou põe a treinar em separado) tinham que ser feitas AGORA.

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