Grande vitória em um jogo onde tivemos muitos momentos distintos. De alguns momentos sublimes para pânicos gerais. Porém, felizmente, com um ótimo resultado final. Depois de três jogos sem fazer gol qualquer, da bola parada saiu o gol da vitória. Embora com muitas chances de gol impedidas pelo goleiro do Flamengo, o nosso jogo não foi inteiramente bom. Mas isso é natural para o momento do Grêmio. Esses dois jogos sem perder dão mais tranquilidade para as próximas semanas. Excelente resultado em casa. Com maior aproveitamento na Arena do que nos anos anteriores não ficaremos no quase em 2016.
O primeiro tempo do Grêmio oscilou bastante. Se no jogo contra o Corinthians, fora de casa, Bolaños teve muita importância vindo por trás do centroavante, nesse jogo, tendo que criar, não pareceu. Faltou o que sempre faltava com o Maicon na criação – a criação efetiva. No início do jogo, um Flamengo diferente buscou o gol, mas não conseguiu nem ser perigoso. Dos 15 aos 25 foi nossa vez de ter a bola e ter as melhores chances: uma bela enfiada de bola para o Miller aparecer como centroavante, outra pro Giuliano, que arrematou de primeira um belo cruzamento do Edílson pra fora.
No fim do tempo, os dois times passaram a chegar mais. Dobrando em cima do Marcelo Oliveira (ou até triplicando), o melhor jogador deles, o Alan Patrick, deu uma bola de calcanhar, o lateral direito deles cruzou e Guerrero perdeu um gol livre. Aí voltamos a ser melhores. Primeiro em uma ótima bola do Miller, num ataque mais uma vez puxado pelo 33, que cruzou pro Bobô não conseguir acertar a goleira. Depois, o próprio lateral direito cornetad0 (por mim, inclusive), fez um lance MAGISTRAL pro Giuliano, mais uma vez, tentar driblar o goleiro e não conseguir fazer o gol. No escanteio, mais uma vez o Filho do Edil, o MELHOR JOGADOR até aquele momento (incrível eu pensar em escrever isso) deu uma paulada de fora da área e quase fez o gol.
O Grêmio fez um primeiro tempo bem parecido com 2015 sem o Douglas: precisou de outra pessoa criando, no lugar do Maicon. Muitos passes errados, Walace ainda muito abaixo, Giuliano aparecendo muito bem na área mas ainda sem fazer gols (chutou 3 vezes no primeiro tempo). Edílson revisitando o Galhardo da temporada passada, ocupando muito o meio e dando espaço para quem quiser ocupar a ponta direita e abrindo a marcação do setor. Para o segundo tempo, eu investiria na saída do Bobô, Luan na área, Miller na esquerda, Douglas atrás do centroavante e Giuliano na direita, fazendo a parceria com o 33.
Fred comemora seu segundo gol pelo Grêmio. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Facebook).
Everton entrou no lugar do Bobô. Aí o Grêmio foi pro abafa. Primeiro Luan, depois Everton, pararam no goleiro em duas grandes jogadas do Giuliano. Aí falta pro Grêmio, bola na trave e escanteio. Na cobrança de Luan, testaço do Fred e 1×0. Definido o resultado, demos a bola pro Flamengo e esperamos eles atacarem. Pra sorte nossa, fizeram isso bem apenas uma vez, em bola salva pelo Marcelo Oliveira, depois de falhar no bote na origem do lance. Ficamos desde os 10 minutos sendo displicentes e não criando mais nada.
Pedro Rocha entrou no lugar do Giuliano (eu teria posto o Ramio). O Grêmio terminou de ficar perdido em campo ofensivamente. As puxadas de contragolpe vinham também com puxadas do freio de mão. Defensivamente seguimos bem, principalmente nas bolas aéreas, sem falhar uma no seu fraco. Aí, com 35, entrou Douglas e saiu Miller. Pouquíssimo mudou. Quando alguém tinha a bola em boas condições, não tinha parceria pra jogar. Até que aos 43, o 10 puxou um ataque espetacular, largou no Pedro Rocha que driblou o goleiro e PEDREU o gol chutando na trave. Na volta, PÊNALTI no Walace, que ia fazer o gol e foi empurrado. Mas o juiz não deu.
Aí, forçamos a amizade. Num abafa ridículo, um quase frango do Grohe colocou o final de jogo em um roteiro de filme de terror. Guerrero ainda fez um gol impedido em um lance onde NENHUM VOLANTE deu combate no Alan Patrick, que chutou forte pro Grohe se esticar e dar rebote aos 46 do segundo. Mas conseguimos, seguramos o resultado. Três pontos na tabela e viajem para Minas, agora. Jogo que vale a liderança, já que, do primeiro ao sétimo, todos estão empatados em pontos.
