Grêmio Libertador

NA FINAL! Grêmio 1×0 Pachuca, gol de Éverton

Só o Grêmio pra me fazer voltar aos anos 90 e começar a beber às quatro da tarde. Foi no sufoco, foi na briga, foi na BASE, foi na prorrogação: Everton fez um golaço e colocou o Grêmio na final. Agora é esperar quem será o adversário no Sábado e ficar completamente inconsciente de louco com o resultado que for. O importante é estar lá, é jogar com raça e fazer o que tem feito desde o início do ano: calar a boca dos incrédulos.

Eu vi o jogo do Pachuca com o Wydad Casablanca. Levantei onze da manhã pra ver aquela pelada braba. Mas, ao contrário do que os comentários que ouvi, eu detestei a vitória dos mexicanos. Porque um time que entra pra RETRANCAR contra um time do MARROCOS não iria vir se arreganhando contra o campeão da América. O time africano teve o jogo na mão até ter um jogador expulso. Então era óbvio o que ia acontecer: um jogo de anti-jogo, com o peso de fazer a estreia e da última experiência Gaucha em um mundial.

Foi com todo esse peso que a perna não respondeu. O primeiro tempo do Grêmio foi muito abaixo do que se esperava, do nível da final da Libertadores. E o do Pachuca muito acima do que eles mesmo esperavam. Porque o treinador veio pra ir pros pênaltis. Era descarado isso desde o início do jogo. Mas ele não contava com a partida que o Honda jogou. O cara destruiu o jogo. Não tinha bola que ele perdesse, não tinha passe que ele errasse. E as jogadas decisivas TODAS tiveram o carimbo do japonês. Ele fez o que o Arthur fez pela gente na final. E, da mesma forma, só jogou meio tempo.

Isso porque passado o primeiro pro segundo tempo o treinador resolveu retrancar mais ainda e tirar o centroavante pra botar um zagueiro. E aí o Grêmio cresceu muito. Tanto depois da entrada do Jael, que brigou muito lá na frente, quanto pela mudança de espetar dois pontas colocando o Éverton no lugar do Michel. Aliás, muito melhor jogar contra um retrancado com o Ramiro saindo rápido e deixando o Jaílson na primeira volância (outra invenção espetacular do Renato em 2017).

Mas o gol só saiu depois que o Edílson saiu pra entrada do Léo Moura. Porque a bola veloz do experiente lateral fez toda a diferença e bagunçou completamente o adversário. Essas alterações espalharam o adversário na largura do campo. E o Cortez, que fez dois gols pelo Grêmio na cobertura (o que viviam criticando no futebol dele, diga-se), cobrou um lateral rápido para o Cebolinha que driblou seu marcador e fez um golaço.

Éverton coloca o Grêmio na final. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via flickr).

Pra quem esperava uma lavada não conhece muito de futebol. A diferença em avaliação de plantel é só Arthur e Luan, de resto Grêmio e Pachuca são muito similares. Mas temos o plantel mais decisivo. A virada e a classificação são mérito do banco. E do treinador. Aliás, olho no Honda. Ele tem só 29 anos e tá com o contrato encerrando em junho. Pra um 2018 seria muito útil.

Agora é foco na final. E muita loucura. Acabar com o planeta está cada vez mais perto.

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