Grêmio Libertador

Na final

Domingo tem o primeiro jogo da final do Ruralito DKW 2014. E é Grenal. A nossa passagem se deu da maneira que tem sido, com mais sorte do que juízo. E, pela amostragem do Enderson, vai ser isso até que ele resolva assumir que treina um time grande e que tem que ganhar de um adversário pior. “Respeitamos” demais um timeco. “Ah, eles tinham uma ótima campanha”. Sim, sendo cagões e jogando retrancados. Era óbvio que um time que tomou seis gols no campeonato não ia querer a bola. Só contra-ataques. Aí jogamos com três volantes. Eu, se fosse um deles, tinha levado um baralho pra ocupar o tempo ocioso. Faz muito tempo que eu não via uma posse de bola tão inútil quanto ao que tivemos ontem.

Vencemos. Mas e a bola? Foto do Flickr do Grêmio (Lucas Uebel)

Ganhamos o jogo em dois lances rápidos. No talento individual. Contra uma defesa sesquicentenária. O jogo implorava por um pifador, alguém que pudesse fazer o Dudu jogar lá na frente, ajudando o Luan e o Barcos a abrir a defesa. Mas não, tínhamos o toque de bola refinado do Edinho em avanços laterais para o Riveros e o Ramiro poderem sair jogando para os zagueiros. O único que armava  alguma coisa, pra variar, era o Wendell. E aí não tem outra maneira de fazer gol se não por mérito dos jogadores. E aí o Luan estava virado pra Lua.

Depois do segundo gol a partida tinha terminado. Até o torcedor voltou a soar aquele podre “olé”. Mas aí o Enderson resolveu cagar. Primeiro, tirando o Riveros, que é o nosso melhor ladrão de bola, pra deixar o Edinho, colocando o Alan Ruiz justamente quando NÃO PRECISÁVAMOS MAIS DELE. Foi substituição proforma, pra dar ritmo, etc. Nada a ver com decisão de vaga na final. Colocou o Mamute (????) e passamos a perder todas as bolas que iam para o setor ofensivo. Aí tomamos um gol onde sempre tomamos: bola aérea no segundo pau. Aquele lance onde o Pará está marcando um cara quase duas vezes mais alto que ele. E o Werley tá lá, fazendo a função dele: conferindo se o Rhodolfo tá bem, com saúde e marcando. Se sobrar alguma bola, ele tá lá. Se o Pará tá fazendo exatamente o que o Enderson mandou, acho que já dá pra passar no RH. Eu acho que não é o caso. Acho, simplesmente, que o Werley é uma naba.

Aí o Enderson repetiu a tática de mandar o time adversário pra dentro da nossa área para aquele abafa gostoso. Aquele que faz alguns acharem que foi um ótimo resultado, porque teve pressão e conseguimos aguentar. E isso tá muito errado. Ou o Enderson entende o tamanho do Grêmio e larga mão de ser covarde ou a conta chega ali na frente. Pode ficar com essa bobagem no Brasileiro, não dá nada. Muitos times cagões são campeões em pontos corridos (né Muricy?). Mas não me lembro de um time cagão campeão de copa. Não fizemos um único jogo convincente fora de casa (não me venham com aquela vergonha do Nacional – que tomou 8 gols do NOB – lá). A final do Ruralito é justamente pra isso.

É hora de ser o Grêmio. Não adianta ser “melhor que o Renato”. Tem que ser o melhor Grêmio possível.

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