Grêmio Libertador

Nos penais, na superação: Grêmio elimina o Atlético PR

Se não dá na técnica, no esquema de jogo, tem que dar na superação. Foi exatamente isso que vimos na noite de hoje na Arena. Depois de UM treino, o time do Renato veio pro campo exatamente como se esperava: mais ofensivo que o do James. E isso significou o reingresso do Henrique Almeida (ou seja, um a menos). 4-2-3-1 clássico, defendendo com 4-4-2. E o Luan afastado da sua melhor posição.

Mas o Grêmio jogou bem. Logo no início a melhor chance do jogo: enfiada de bola do Maicon pro Henrique Almeida errar a goleira sozinho com o goleiro. Marcação alta, muito toque de bola. De diferente apenas uma coisa: viradas de jogo. Aquela coisa que o Roger abominava, a bola longa de um lateral pro outro, do meia pra inversão. O Grêmio do Roger era o da bola de pé em pé.

Era um domínio de jogo impressionante, mas ainda um pouco nervoso, porque não conseguíamos assustar o goleiro adversário. E o repeteco se deu no resultado, que foi o mesmo que contra o Fluminense. No primeiro – e praticamente o único – chute a gol do adversário, um FRANGO HOMÉRICO do Grohe, que deixou escapar a bola pro André Lima fazer o gol. Essa tranquilidade que o 99 teve nenhum jogador do nosso time teve.

Chutamos muitas bolas, no primeiro e no segundo tempo. Porém, apenas uma vez houve defesa do Weverton, no segundo tempo. Henrique Almeida foi substituído e deu adeus ao Grêmio para a entrada do Guilherme e foi dele a chance mais viva do segundo tempo. Luan ainda recebeu uma boa bola mas errou a goleira.

Luan errando o gol. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

A torcia que já tinha transformado o estádio em Bombonera desde o gol do Atlético Paranaense (para o adversário, né) finalmente viu a ficha cair. Era a hora da superação, do apoio. A realidade eram os pênaltis e não tem vaia que salve o Grêmio que não seja pro Atlético. Grohe, com a moral em baixa, contra Weverton, que garantiu o Ouro pro Brasil em cobranças de pênalti. A lista de batedores era Maicon, Edílson, Walace, Douglas e Luan. Os mais experientes, já que Batista e Guilherme nem podiam ser considerados opção.

Maicon e Edílson acertaram as suas cobranças com personalidade. No segundo pênalti do Atlético, Grohe pegou. Walace bateu fraco, Weverton pegou. Grohe pegou outro. Douglas também bateu fraco, Weverton pegou outra vez. Aí o zagueiro deles isolou. Era a bola do jogo para o Luan que… bateu fraco e o Weverton pegou. Gol deles, empate 2×2 e fomos para as alternadas.

Primeira batida nossa, Kannemann que… ISOLOU. Parecia que não ia ser daquela vez. Aí o Weverton TIROU A BOLA da mão do jogador que ia bater. Eu montei num porco de tão irritado com aquela afronta. Ele não é um batedor de pênaltis, fez pra se consagrar. Tomou distância e chutou para uma ESPETACULAR defesa do Grohe (aliás, tinha gente esses dias reclamando que o Grohe não pegava pênalti). Aí foi a vez do Marcelo Oliveira que bateu e HUMILHOU o falastrão. Na cobrança deles, gol. Era a vez dos guris começarem. Guilherme partiu pra bola e fez o nosso quarto. E, finalmente, o zagueiro que lê deles acertou a trave, nos colocando na próxima fase.

Agora é mais UM treino pra gente tentar fazer alguma coisa diferente no Domingo. Não esperem jogo fácil. Vão pra Arena para APOIAR. O trabalho é novo, não faz sentido cobrar. Só vão atrapalhar o trabalho do Renato. O resultado de jogo foi DERROTA e isso, no Campeonato Brasileiro, não é um resultado aceitável. O Grêmio jogou mais que o adversário os 90 minutos. Não podemos repetir o que já aconteceu duas vezes em pouco tempo. Vai ter que ser na superação.

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