Tocou a valsa.
15 anos do nosso último grande título.
Acho, porém, que nos toca mais um bolero.
Um amor que se declara pelo avesso. Que se apresenta como dor imensa pra deixar claro o tamanho do gostar.
Nos toca mais um Lupicínio rasgado:
“Eu estou contando os dias
Que eu passo sem te ver
És o vício mais terrível
Que só eu mesmo gosto de ter
Sua falta mais me chega
No vazio dessas horas
Quando eu paro, olho e penso
Aonde estás agora?”
(Contando os dias, na voz de Carlos Galhardo)
Um Lupicínio ensandecido, lancinante:
“E aí
Eu comecei a cometer a loucura
Era um verdadeiro inferno
Uma tortura
O que eu sofria
Por aquele amor
Milhões de diabinhos martelando
O meu pobre coração que agonizando
Já não podia mais de tanta dor”
(Loucura, na voz de Lupi)
Um Lupicínio que, nos conselhos alimentados pela desilusão, escreve nas entrelinhas a grandeza do amor:
“Esses moços, pobres moços
Ah! Se soubessem o que eu sei
Não amavam, não passavam
Aquilo que já passei
Por meu olhos, por meus sonhos
Por meu sangue, tudo enfim
É que peço
A esses moços
Que acreditem em mim”
(Esses moços, na voz de Francisco Alves)
Mas também, como sempre, nos toca um Lupicínio persistente.
Aliás, O Nosso Lupicínio:
“Até a pé nós iremos
Para o que der e vier
Mas o certo é que nós estaremos
Com o Grêmio, onde o Grêmio estiver”
(Hino do Grêmio, a muitas vozes)
Sigamos cantando.
Não há o que nos cale.