O bolero dos 15 anos

3 Postado por - 18 de junho de 2016 - Artigos

Tocou a valsa.

15 anos do nosso último grande título.

Acho, porém, que nos toca mais um bolero.

Um amor que se declara pelo avesso. Que se apresenta como dor imensa pra deixar claro o tamanho do gostar.

Nos toca mais um Lupicínio rasgado:

“Eu estou contando os dias
Que eu passo sem te ver
És o vício mais terrível
Que só eu mesmo gosto de ter
Sua falta mais me chega
No vazio dessas horas
Quando eu paro, olho e penso
Aonde estás agora?”

(Contando os dias, na voz de Carlos Galhardo)

Um Lupicínio ensandecido, lancinante:

“E aí
Eu comecei a cometer a loucura
Era um verdadeiro inferno
Uma tortura
O que eu sofria
Por aquele amor
Milhões de diabinhos martelando
O meu pobre coração que agonizando
Já não podia mais de tanta dor”

(Loucura, na voz de Lupi)

Um Lupicínio que, nos conselhos alimentados pela desilusão, escreve nas entrelinhas a grandeza do amor:

“Esses moços, pobres moços
Ah! Se soubessem o que eu sei
Não amavam, não passavam
Aquilo que já passei
Por meu olhos, por meus sonhos
Por meu sangue, tudo enfim
É que peço
A esses moços
Que acreditem em mim”

(Esses moços, na voz de Francisco Alves)

Mas também, como sempre, nos toca um Lupicínio persistente.

Aliás, O Nosso Lupicínio:

“Até a pé nós iremos
Para o que der e vier
Mas o certo é que nós estaremos
Com o Grêmio, onde o Grêmio estiver”

(Hino do Grêmio, a muitas vozes)

Sigamos cantando.

Não há o que nos cale.

15 anos depois, é preciso nervos de aço.

15 anos depois, é preciso nervos de aço.

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2 + comentários

  • Jean 18 de junho de 2016 - 19:59 Responder

    Que sensibilidade, que texto lindo.

  • Anderson Aguzzoli 19 de junho de 2016 - 00:37 Responder

    Foda!!!

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