Felipão arruma a casa. Essa é a maior verdade que esse Grenal revelou. Se o gringo estava aprendendo no primeiro turno, na primeira vez que ele voltou a enfrentar um adversário houve uma melhora de uns 500%. A escalação foi muito parecida (Werley e Rodriguinho eram os únicos dois ausentes hoje). O resultado, quanta diferença. Se ao final daquele 2×0 fora de casa caímos para o 11º lugar enquanto eles foram pra vice-liderança, hoje pulamos para 3º, empurrando eles pra fora do G-4. Tudo graças a uma sonora goleada com atuações de luxo de Luan e Alan Ruiz (e esse só precisou de 12 minutos).
O esquema tático também não mudou muito. Ainda fizemos o 4-1-4-1, mas com uma pressão muito eficiente principalmente do Fillipe Bastos. Tanto que pensei, quando a bola ia rolar, que ia ser mais um jogo sem produzir muito. Mas o Dudu fez muita diferença no primeiro tempo. Depois de uma bola que o goleiro salvou no primeiro lance do jogo, logo em seguida o nosso camisa 7 fez uma ótima triangulação com o Barcos e Luan apareceu pra fazer o seu primeiro. Só depois disso é que o time do Inter passou a chutar na nossa goleira. O resultado era completamente justo, mas no fim do primeiro tempo o jogo já estava igual.
O gringo decisivo verificando que a bola estava devidamente guardada. Foto do Lucas Uebel (Grêmio Oficial, via Flickr)
Tudo até o gringo liberar o Ramiro pra subir. Isso acabou com a defesa do Inter. Ele perdeu uma ótima chance mais uma vez no primeiro lance de ataque do segundo tempo. Na sua segunda, não perdoou: uma bola milimétrica do Luan e ele tirou do goleiro. O Inter foi pro tudo ou nada e o Rafael Moura (que tem um contrato de gols no Grêmio em qualquer time onde esteja) acertou um chute que ele só acerta contra a gente e 2×1. Nervosismo. Eu pensando que o melhor era tirar o Ramiro, já que ele tava sendo atacante, e meter o Riveros ou o Giuliano. Felipão escolheu o 88 e o Grêmio voltou a dominar o jogo. Tanto que, ao mudar Luan por Ruiz, o jogo era todo nosso. Aquele argentino que cava faltas e faz gols decisivos usa a camisa 11 – primeiro a bola de cabeça, depois a bola no contra-ataque. Acho que foi a primeira vez que a Arena explodiu com tanta intensidade.
Fica a dica pro Enderson: 4×1 não é normal do futebol. É tunda.
PS: Foi a primeira vez que pus meus pés na Arena para assistir a um Grenal. E foi o primeiro Grenal da minha filhotinha. Meu último havia sido o 0x0 de 2012 no Olímpico. E, acho, eu devia ter ido antes (né?).
