Grêmio Libertador

O jogo só acaba quando termina

Ainda lembro muito bem da final do gauchão de 2011. Tínhamos vencido a partida de ida no Beira Rio por 3×2 com futebol de sobra. Fomos(nós torcedores) para o Olímpico não para torcer pelo Grêmio, mas para comemorar um título. Após o final do primeiro tempo os comentários nas arquibancadas giravam todos em torno de quanto seria a goleada que iríamos aplicar antes do árbitro decretar o fim do martírio colorado.

Momentos parecidos vivi em diversos outros jogos, tanto no Olímpico quanto na Arena. Jogos em que fomos para comemorar uma vitória, uma classificação, um título. Fomos como meros expectadores de um jogo jogado. O curioso disto tudo é que a gente percebe esta euforia na torcida bem antes da partida começar. É todo mundo sorridente, tirando foto, dando gargalhadas, aí a partida começa e a gente continua o papo que tava levando com o amigo do lado, vez por outra dá uma olhadinha no gramado pra ver a quantas anda o jogo e, claro, para não perder nenhum dos gols que certamente acontecerão.

Bem, em todas as vezes que percebi esse clima de festa na torcida, coincidentemente, ou não, o time entrou em campo alinhado com as arquibancadas e, em todas elas, fomos surpreendidos pelo adversário.

É claro que não estou reclamando do placar que fizemos no Mineirão, nem achando que o melhor seria ter perdido. Apenas que alertar a todos nós que estaremos na Arena quarta-feira à noite que o jogo só termina quando o árbitro apitar pela segunda vez apontando para o centro do gramado. Até lá a bola estará rolando e quem estiver mais concentrado na partida terá as chances de fazer ela entrar no gol adversário.

Não se vai ao estádio(Arena…) para comemorar vaga, vitória ou título, se vai para torcer, para empurrar o time. Comemorar é consequência. Consequência do que se faz nas arquibancadas que refletirá no que vai acontecer dentro das quatro linhas.

Em 2007 chegamos à final da Libertadores porque a torcida quis que o time chegasse. Pra quem não lembra, o Mano fez de tudo para que a gente não conseguisse, fazia merda nas partidas fora e a gente transformava o olímpico num caldeirão e empurrava o time para reverter o resultado. Pena que na Bombonera ele se superou de tal forma que não pudemos fazer nada na partida de volta.

Enfim, só quero pedir que quem for à Arena nesta quarta vá com o coração apertado, vá para roer unha, para suar frio. Vá nervoso, angustiado e ansioso. Se concentre no jogo, em cada movimento, marque cada jogador, o árbitro e os auxiliares. Depois disto tudo tenho certeza que iremos comemorar.

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