Grêmio Libertador

O primeiro jogo de Olímpico da Arena

Uma casa nova merece um batismo de fogo. E foi esse o que ocorreu ontem, meus amigos. Tão foda que começou ontem para acabar hoje. E acabar comigo, também. E contigo, se tu for mesmo gremista. Hoje o dia não renderá nada para quem tem que trabalhar. A única coisa que ainda não acabou foi o nó na garganta de uma vitória que, em momento algum, se desenhou, se mostrou o desfecho da noite. Apreensão, dúvida, medo, tudo junto com confiança, crença, insanidade. Essa mistura que faz a torcida do Grêmio tão especial que chega a ser bipolar. Mas que jogou junto quando a coisa apertou.

O jogo do Grêmio não foi jogo. Por que, principalmente, não tivemos adversário. Eles foram extremamente lógicos: é o nosso segundo jogo na temporada e estams diante de um brasileiro. Não temos nenhuma condição de fazer uma partida com preparação, técnica ou entrosamento. Aliás, nem mesmo sabemos se teremos isso nessa temporada. Então, o que fazer? Não jogar. Já foi assim lá, aqui foi pra matar. Foi o mais argentino de todos os times equatorianos do mundo Fifa. Dois marcando o Elano e o Zé Roberto sem o menor interesse em mesmo procurar a bola, só chutando as canelas. Sem os meias não temos time, e, logo, a tarefa deles parecia cumprida quando terminaram os primeiros 45 minutos.

Na volta, o desespero tomou conta. Não sabendo o que fazer, o nosso treinador resolveu colocar três atacantes. Acertou por um lado, ao colocar o André Lima, que era o que o time precisava. Não que ele seja uma brastemp, mas ele conseguiu fazer o que sabe de melhor: chamar o torcedor. O jogo valia demais para ser jogado só na bola. Era preciso raiva, era preciso gana, era preciso a copeirice que estava apenas na nossa dupla de zaga. Dupla essa que não estava nem aí se era primeiro jogo, se eram as últimas opções para a função, se recém estavam jogando quarta divisão. Fizeram o simples, foram seguros e vibrantes. À partir da entrada do nosso 16, mais gente entrou no clima.

Ganhamos o jogo por pura qualidade individual do Elano. Não criamos quase nada (não que isso seja fácil com onze atrás da linha da bola). Mas a estrela brilhou forte. Agora zera tudo, corrige e vamos para passar mais uma fase. Alívio. que bom que tivemos essa aula de copeirismo avançado. Espero que muita gente do grupo tenha aprendido a lição. Agora é reforçar, entrosar e COPAR.

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