Grêmio Libertador

O que perdemos sem Zé Roberto?

Vamos jogar pela primeira vez sem o Zé Roberto. E o Lixemburgo já anunciou que Marquinhos será o substituto. E, efetivamente, o que perdemos? Para simbolizar a nossa mais nova parceria com o renomado site de estatísticas Footstats (se tu tem um i-Phone vale muito a pena baixar o app deles), vou analisar os principais pontos onde o Zé está ajudando e o Marquinhos ajuda o Tricolor quando entra em campo.

Para mim, a melhor fase do Zé Roberto como jogador foi jogando mais atrás, como um volante, como fazia no Santos em 2007. Pois nos 17 jogos que vestiu a nossa 10 ele conseguiu 2 desarmes por jogo (34 certos contra só 3 errados), sendo que, nos três últimos foram três. A média do Fernando, para ter uma ideia, é 3,29 e a do Souza 3,0. E isso com uma média de faltas baixa, de 1,5 por partida (o que justifica os 3 cartões em 17 jogos). A bola fica no seu pé por, em média, 1min e 16 segundos sendo passada corretamente 31,5 vezes (se tu acha pouco, tenta fazer isso jogando contra alguém). Os números do Marquinhos defensivamente são muito inferiores: apenas seis corretos em quase o mesmo número de participações, quatro faltas cometidas e posse de bola de 36 segundos em média e quase metade dos passes certos. Ou seja, na defesa, perdemos um cara que auxilia muito os volantes no trabalho defensivo e que carimba a bola, dando cadência ao time.

No ataque as coisas são diferentes. O nosso 10 tem uma média de 1,12 assistências para chute e fez duas assistências para gol, praticamente os mesmos números de seu substituto. Zé Roberto acerta quase 90% dos passes, sendo o nosso meia mais efetivo nesse quesito, e a melhor média entre os jogadores ofensivos. Mas perde mais bolas que o Marquinhos (3,9 contra 2,0 do último), o que, na teoria, vai dar menos contra-ataques para o adversário. É o terceiro jogador que mais leva faltas no Grêmio (adivinhem quem é o primeiro com 4 por jogo?). Assim, perdemos um potencial cavador de faltas, passador consistente e puxador de ataques para o Grêmio. Em compensação, ganhamos o um jogador que finaliza mais e melhor, com 50% de acerto em 10 chutes e um gol marcado.

Jogamos em casa, onde o que mais precisamos é atacar com qualidade. Assim, não te assusta, vivente. Se eu tivesse que escolher um jogo para não contar com o nosso 10 seria esse. Vamos pra dentro deles buscar os 3 pontos.

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