Grêmio Libertador

O que vem pela frente?

Esse momento de parada nos jogos do Grêmio faz até blogueiro ficar procurando o que dizer. Porém, ao invés de inventar polêmicas, acho muito mais produtivo pensar um pouco no nosso futuro – e não estou nem falando de Arena. Falo das novas necessidades do tricolor em razão das contratações e atuações do nosso time nesse período luxemburguense. Assim, pensemos um pouco no que é nosso plantel à partir de retornos e acréscimos, tentando dar uma mão ao nosso legislativo de futebol. Vai que ele liga pra gente para pedir que negociemos por ele boas soluções no mercado.

Defesa:

Gilberto Silva está em uma grande fase, se antecipando muito bem e dando segurança para a defesa do Grêmio. Atuando exatamente como estamos acostumados, como o zagueiro do atalho, tem sabido também sair e dar o bote. Quando joga com o Werley, por baixo é muito difícil passar. A defesa parece melhor em bolas aéreas com o Naldo. Como opções, o Simon e o Grolli dão motivos para a declaração do treinador dizendo que não precisamos de zagueiros. Não que eles sejam muito bons, mas é que não tem muita gente melhor e, realmente, zagueiro com altos salários não faz muito sentido.

Laterais:

Toda a contratação tem chance de ser um grande fiasco, o que varia é o percentual. Fábio Aurélio pode não ser craque, mas era um bom lateral esquerdo quando saiu. Não acho que vai cair nas graças da torcida, mas acho que vai ser importante tanto quanto o injustiçado homônimo da família Santos. Sem contar que, se tudo der errado, vai ser um reserva mais útil que o Pará. No lado direito, algo me diz que o Toni pode ser o nosso titular. Edílson e Gabriel se equivalem quando o segundo não tá muito a fim (e isso tem sido bem frequente). A diretoria fez muito bem em contratar e eu não vejo mais necessidade de reforços para a função.

Volantes:

Sou complemente contra um time sem competição no plantel. E não temos, ainda, nessa posição. O Souza é um ótimo volante, mas precisa sentir que, quando cai de ritmo, tem alguém no cangote pronto para tomar a posição. O mesmo vale para o Fernando e o Gago. Não sei como o Luxemburgo vai proceder mas, com o reforço na lateral esquerda, eu poria o Pará como opção aqui. Marca bem, não erra muito passe curto e seria um primeiro volante útil. Já culpei o Vílson por derrotas nossas quando o Renato o colocou como primeiro volante. Porém, nos últimos jogos, melhorou muito, se antecipando ao jogador ao invés de esperar ele entrar na área. E é muito mais rápido que qualquer um dos titulares para o contra-ataque. Acho que aqui ainda caberia mais um jogador para a reserva. E o Eduardo Costa está com contrato encerrando com o Vasco.

Meias:

Esse é o ponto mais controverso do time do Grêmio. Com o plantel que tem HOJE, já provou dois milhões de vezes que deve ter um só jogador como meia, para não perdermos o controle da defesa. Porém, com um jogador mais eficiente na marcação, poderíamos jogar com dois meias. O Zé Roberto, se tiver pique, poderia ser esse segundo meia. E, para mim, falta um companheiro. Pode ser que o Rondinelly seja esse cara. Mas, como o Marco Antônio já provou, todo o mundo se destaca quando não é marcado. Toda a marcação individual tem sido muito difícil para o MA (deve estar sonhando com o Marcos Assunção até hoje). No segundo tempo, menos cansado, o guri conseguiu sair da armadilha, mas não sei como se comportaria durante o jogo todo. O Marquinhos é uma opção, mas perdemos em velocidade. Também reforçaria o time nesse setor. Meu favorito é o Wagner, do Fluminense.

Ataque:

Marcelo Moreno e Kléber são incontestáveis e estão mostrando que bons jogadores valem o quanto se paga por eles. Assim, tem que pensar o plantel de reservas. Miralles e André Lima apenas quebram o galho. Não mudam um jogo. Leandro está pedindo para ser emprestado, para ganhar sequencia de jogos em um time menor. Bertoglio muda partidas, pode ser usado no meio, mas custa uma fortuna. E aí vem a coisa: se o Grêmio não conta com ele, tem que ir atrás de um substituto. Ao que parece, o gringo não fica, pois se fala em um atacante de velocidade. O que acho é que, ficando o Bertô (como diria o Luxemburgo), não se deve buscar mais um atacante. Saindo, aí sim –  e o Eder Luís passa a ser um bom nome.

Assim, creio que precisamos de um meia, um volante e um atacante para poder saber o que buscar no ano. E tu, o que acha? Comenta aí. Depois faço um post dando a preferência dos leitores do Grêmio Libertador.

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