Grêmio Libertador

Por um Grêmio vencedor

Eu não dou bola alguma para Ruralito. Já afirmei aqui milhares de vezes. Bem como eu já disse ontem mesmo que perder o campeonato significa apenas isso: perdemos o campeonato. Não significa que o time ficará mais treze anos sem ganhar nada, que é impossível de ser campeão brasileiro, que a Copa do Brasil não vai chegar aqui por que não conseguimos “nem ao menos mostrar quem manda em casa”. Nem mesmo acredito na “derrota pedagógica”, que ensina algo para o time. É experiência como qualquer outra. Não é porque perdemos hoje que vamos aprender alguma coisa. Que não vamos mais perder assim. Mas, mesmo assim, não dá pra eu simplesmente ficar dizendo que tá tudo bem, não é pra dar bola. Não dá.

O Grêmio perdeu por dois gols em lances idiotas. Os dois com participação direta de um cara que só é titular por confiança do treinador. Que já mostrou em outras oportunidades que não a merece. Assim como o nosso lateral esquerdo, que é insuficiente até pra mostrar toda a sua insuficiência. Eles deixarão de ser titulares? O Bastos, acho que talvez sim, o Oliveira, nunca. Porque isso é convicção do treinador. Ele tá errado? Do meu ponto de vista, sim. Mas ele já criou elencos campeões assim, protegendo perna de pau e dando confiança. Ou seja, não vai ser isso que vai fazer o Grêmio deixar de ser campeão.

Giuliano e Rhodolfo comemoram em vão. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

A prova disso é que Rhodolfo e Giuliano conseguiram transformar apreensão em gol. Um gol que deixava a situação mais fácil de ser revertida. Aquela onde um time campeão aproveita e faz o crime – em casa ou fora. E o Grêmio não é esse time campeão. Não adianta nada ficar revoltado com os constantes “enganos” da arbitragem. Cansamos de passar por cima disso. Nenhum deles foi capital. Nem a expulsão do Rhodolfo, já que num momento onde só valia a estrela do time, esquemas táticos já tinham sido esquecidos faz tempo.

Falta de raça, falta de sorte, chama como quiser. Pra mim, é medo. Fraqueza psicológica. Coisa que não deveria ser permitida no Grêmio. Medo de errar o gol, medo do que vão falar, medo de arriscar. E aí vai ser assim: decisões sem sal, onde a lógica prevalece (quem errou mais perdeu) e a única derrota em quase vinte jogos tem o peso de ser justamente a que valia alguma coisa maior que três pontos.

Há esperança? O caminho é longo. Acho que temos jogadores que podem ser decisivos que estão sendo preteridos em nome de outras características que o futebol do Grêmio acha mais importante. Mas nada impede de que venham títulos muito mais importantes que esse ainda esse ano, com essa direção, com essa filosofia. Por um Grêmio vencedor, paremos de nos apequenar. Nós também somos parte do Grêmio. Por mais que seja uma merda, precisamos encarar. Precisamos perseverar. E pensar no próximo campeonato com a gana de ser campeão.

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