Grêmio Libertador

Quando a incompetência se une à má sorte

Já vai um tempo, quando anunciaram, eu vim aqui me manifestar sobre o negócio envolvendo a vinda de Facundo Bertoglio ao Grêmio. Na época, disse que se tratava de uma negociação pior do que a da vinda do Escudero (aqui) e, infelizmente, estou tendo que voltar aqui para mostrar que o quadro acabou sendo o pior possível. Ontem foi revelada uma lesão que afastará o gringo por 40 dias. Ou seja, não vai poder mostrar mais do que já mostrou.

Bem, e o que ele mostrou? Fez alguns jogos com atuações destacadas, como contra o River de Sergipe e, principalmente, o último contra o Fortaleza. Fez 5 gols em 14 jogos e mostrou que rende mais quando joga mais avançado, sem ter responsabilidade de marcar, até pelo seu porte físico. E suas melhores atuações foram como um segundo atacate que recua para buscar jogo ou como um meia avançado, em uma linha de três atacantes para jogar no contra-ataque. São opções bastante interessantes.

Porém, da mesma forma, sumiu no Gre-nada de uma maneira que me deixou irritado. Apanhou, isso é certo, mas fugiu depois disso. E, agora, a tendência é que a pauleira aumente. Se contundiu duas vezes, o que fez o seu período de três meses – período quem contamos com Loxumbergo – ser abreviado para, praticamente, 45 dias. Não mostrou servir para “cérebro do time” e, algumas vezes, acabou perdendo gols importantes. O 4-3-3 onde ele rende bem se mostrou pouco eficiente com as peças que temos para iniciar um jogo, e a segunda vaga do ataque, para mim, é do Kleber. Assim, seria reserva.

Aí fica o dilema: o que fazer? O jogador mostrou potencial para atrair concorrentes para uma renovação de empréstimo. O valor, pelo futebol que mostrou até agora, está cada vez mais inviável – ou alguém consegue imaginar o Grêmio investindo 4 milhões de euros em um cara que tá mais para jogador de grupo do que para indispensável? Mas e aí, vai que devolve para a europa e ele volta em outro time esmerilhando? A situação é complicadíssima. O período de empréstimo serviu para manter as dúvidas e continuar deixando a compra como uma aposta.

Volto a afirmar: foi o pior negócio que o Grêmio já fez. Não pelo jogador, mas pelo modo. Se tivéssemos um contrato até o fim do ano era só esperar o retorno e dar mais tempo para tirar essas dúvidas. “Ah, mas por esse período eles não queriam”. Ótimo, então. Ficava quieto e trazia ele na janela do meio do ano, com um contrato de um ano. Sinceramente, na situação de hoje, preferia gastar esse dinheiro com o Diego Souza.

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