O Renato vem, mais uma vez, fazendo um ótimo trabalho no Grêmio. Em seis jogos são quatro vitórias e duas derrotas, ou seja, 66,7% dos pontos disputados. No Campeonato Brasileiro, onde aproveitamento é o que mais interessa, temos três vitórias e uma derrota, ou seja, 75%. Números tão imponentes que já motivam o Romildo a dizer que, se reeleito, deverá efetivar o treinador do Grêmio pra 2017. Mas pra gente saber bem como será o ano que vem precisamos, primeiro, classificar pra Libertadores. E quanto falta?
Renato, o cara. Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)
Como já se falou bastante por aí, nos últimos dez anos tivemos, em média 58 pontos para o sexto colocado. 59 do Santos em 2006, 58 do Grêmio em 2007, 54 do Inter em 2008, 57 do Avaí em 2009, 59 do Botafogo em 2010, 59 do São Paulo em 2011, 57 do Corinthians em 2012, 59 do Goiás em 2013, 61 do Fluminense em 2014 e 59 do Sport no ano passado. O número que mais se repete é 59 e, provavelmente, se repetirá agora em 2016 – isso porque o campeonato está muito parecido com o do ano passado em desempenho dos três primeiros. Atualmente o sexto colocado, o Fluminense, tem 51,1% de aproveitamento, menos que os 52% (ou 59 pontos) do ano passado.
Temos atualmente 46 pontos. Quanto falta? 13, a princípio. Ou seja, quatro vitórias e um empate em mais oito jogos (54,1%). Se o Grêmio mantiver o aproveitamento do Renato até agora terminará a competição com 64 pontos, o que foi suficiente para ficar em quarto lugar em 7 de 10 campeonatos (56,1% de aproveitamento). Atualmente o Santos tem 60% de aproveitamento (terminaria com 68 pontos) e é meio duvidoso que perca fôlego agora no final. Mas esse resultado final renderia o quinto lugar. Ou seja, precisamos fazer os 13 pontos logo e o que vier a mais é lucro.
E pro Renato quebrar o recorde dele na casamata do Grêmio, quanto falta? Em 2010 ficamos em quarto lugar com 63 pontos. Em 2013 foram dois pontos a mais e o vice campeonato. Ou seja, faltam 20 de 24 pontos (83% de aproveitamento). É possível? Sim. Temos Santos fora de casa, Inter em casa, Figueirense fora, Sport em casa, São Paulo fora, América MG em casa, Santa Cruz fora e Botafogo em casa. Dos jogos fora, dá pra perder um e empatar outro contra Santos ou São Paulo e vencer tanto Santa Cruz (que já estará rebaixado) quanto Figueirense (que dói de ruim igual o Vitória). E em casa todos os jogos são perfeitamente ganháveis.
Lembrem-se do que já falei aqui no início da competição: essa parte final da tabela é a mais fácil. Fizemos 14 pontos mesmo em má fase no primeiro turno. Se fizermos “só” o 10 em 15, que seja, ficamos com 59 pontos. Então, vamos para um mantra: quanto falta pra um bom 2017? 13 pontos. Vencer todas em casa e buscar um ponto fora. Tem tudo pra dar certo.
OBS: O Grêmio de 1995 não tinha chance NENHUMA de ser campeão da Libertadores antes dela começar. O time de 1994, campeão da Copa do Brasil, foi COMPLETAMENTE desmontado para o outro ano. Permaneceram no time titular Danrlei, Roger, Carlos Miguel e Emerson. Ou seja, ninguém diria em janeiro de 1995 que o Grêmio entrava como candidato ao título que ganhou naquele ano. Então façam um favor a si mesmos: parem com a cachaça que “não adianta” o Grêmio jogar a Libertadores de 2017 porque está fadado ao fracasso. Isso é ridículo.
