Grêmio Libertador

Quinta seguida

E eis que tiramos uma senhora duma touca hoje. O Grêmio fez sua quinta vítima seguida na Vila Belmiro, lugar onde poucas vezes nos damos bem. E, olha, em outra atuação tranquila do time do Roger, mesmo desfalcado do Maicon, um grande reforço para esse 2015. A partida foi muito tranquila, contra todos os prognósticos. Mesmo pressionados pela possibilidade real de entrar na zona de rebaixamento (o que, de fato, aconteceu) o Santos só levou perigo ao gol do Marcelo Grohe aos 46 minutos do primeiro tempo, com o Ricardo Oliveira.

De nossa parte,  na primeira chance, marcamos. Em uma ótima triangulação pelo lado direito, o nosso lado mais forte nesse domingo, Giuliano meteu uma bola milimétrica no Luan, que acertou o passe aquele que não rolou contra o Cruzeiro,  achando o Pedro Rocha em condições de abrir o placar, logo aos quatro minutos. Depois disso, com a vantagem, o Grêmio tentou se fechar e partir no contra ataque, mas não conseguia roubar muitas bolas – o Edinho insistia em puxar pra defesa, ao invés de ajudar o meio. Mesmo assim, teve ainda uma boa chance com Luan,  que recebeu na frente do goleiro mas não conseguiu concluir.

Dessa vez, Giuliano foi o cara da partida. Foto do Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

Aí o jogo se atirou pra nós: Geuvânio, que já tinha tomado um amarelo, resolveu entrar no campo e roubou a bola do Geromel, que não esperava nenhum santista nas suas costas. O lance teria sido muito xssssperrrrrto da parte dele se o juiz não tivesse considerado que não tinha liberado a sua entrada. Resultado, segundo amarelo, vermelho e nós com um a mais desde antes dos  trinta da primeira etapa. Ainda quase marcamos com Giuliano, que recebeu bola perfeita do Douglas, driblou o goleiro, mas teve a sua conclusão impedida pelo zagueiro. No retorno da jogada, Douglas perdeu.

Entramos no segundo tempo acreditando que era difícil alguma coisa dar errado. Porém, susto no primeiro lance do Santos: em uma roubada de bola, colocaram no Gabriel que entrou na área e chutou perto,  mas pra fora. Mas ainda antes dos cinco minutos, outra grande triangulação do ataque do Grêmio entre Douglas, Giuliano e Galhardo, que recebeu outro grande passe do camisa 8 para conclusão precisa do lateral. 2×0 pra nós.

Não tivemos a mesma dinâmica dos outros jogos por causa do Edinho, principalmente.  Quando o time deles pegava a bola ele saia correndo para se enfiar entre os dois zagueiros (a famosa “posição Edinho” tantas vezes repetida pelo Abelão), o que deixava um buraco na meia cancha e o Wallace sozinho (no início do primeiro tempo, então, nossa,  nunca vi o Yayallace sendo obrigado a fazer tantas faltas). Vendo que com cachorro que come ovelha só matando, Roger pediu para o Douglas ajudar a ocupar o espaço. E nessa movimentação mais desorganizada que o normal, Edinho fez um deixa que eu deixo ridículo com o Luan num contra ataque nosso, a bola sobrou pra um dos meias deles que lançou o Lucas Lima, que achou a praga do Pastor que não perdoou: 2×1 e aquela impressão de que a merda ia crescer.

Porém, voltamos a controlar a bola e tirar o ímpeto do adversário. Edinho finalmente se deu conta que, nesse esquema, é preciso ir pra frente, e não pra trás. Começou a ocupar o espaço do Maicon e, mesmo sem um décimo da qualidade do desfalque, fez o jogo equilibrar. Ao mesmo tempo, a entrada do Yuri pouco mudou a movimentação do Pedro Rocha. Porém, aos trinta, os dois jogadores de onde eu menos esperava alguma coisa, saiu uma jogadaça. Numa afastada da zaga do Santos, antecipação do Edinho que fez uma enfiada de bola primorosa de bola pro Mamute dar números finais pro jogo: 3×1, liderança do campeonato em pontos e a quinta vitória seguida do time do Roger.

Mais uma vez, hora de comemorar. Não é sempre que se faz um resultado desses e com essa autoridade.

Comparilhe isso: