Engraçado como a gente demora muito mais pra se sentir seguro do que pra ficar com medo.
Peguemos o exemplo de um relacionamento. Digamos que a pessoa tenha te dado todas as alegrias do mundo. Tenha feito de tudo pra te deixar feliz. Mas, no meio de tudo isso, ela te fez sofrer por algum motivo. Por mais que ela venha carregada de presentes, de carinho. Que implore através de atitudes que merece novamente a tua confiança, ela já te fez sofrer em algum momento.
O ser humano é assim. Ele vive de memórias. E as memórias ruins nublam a mente a ponto de as coisas boas estarem veladas e parecerem mais distantes do que propriamente estão.
O Grêmio vive este momento. Até as duas derrotas nas finais do Gauchão para o nosso cô-irmão, ia tudo muito bem. Uma derrota aqui, outra ali pelo gauchão, mas na Libertadores, ia tudo muito bem. Pra que se preocupar então? Se a liderança do grupo considerado o mais difícil não era o suficiente, então, esse relacionamento não tinha mais salvação.
Mas vieram as finais do Gauchão. O título que menos importava no ANO do Grêmio. As fatídicas finais do Gauchão.
Bastou. Tirou a confiança. Do Roupeiro ao presidente. Do torcedor de pay-per-view ao da mureta.
Se, na sequência vem uma atuação deplorável na estreia do Brasileirão. Hummm. Só faz piorar.
O recado que eu dou nesse momento não é para a torcida Gremista. Não é “acreditem. O Grêmio tem uma magia na Libertadores que o faz atuar completamente diferente do que atua em qualquer outra competição”. Absolutamente. É pra todos: técnicos, jogadores, diretoria.
Acreditem. Não deixem um relacionamento de mais de um século desmoronar por motivos fúteis. É um relacionamento apaixonado demais pra se prender em picuinhas e fofocas.
Não deixem a peteca cair. Esse relacionamento tem muita história ainda.
E amanhã é só mais um capítulo. Um capítulo importante, é verdade. Que pode decidir que rumo esse relacionamento vai tomar em 2014.
Será um ano de discussões, brigas, difícil pra ambos os lados? Ou será um dos anos mais felizes dessa história?
PRA CIMA DELES, GRÊMIO!