Bom jogo pra mandar a dona Zica pra casa. Depois de três derrotas seguidas, tava na hora do Felipão mostrar a que veio. E tivemos muito mais organização do que nos tempos do Moreira, pelo segundo jogo seguido. Também tivemos uma boa participação do Filipe Bastos – pra mim, o melhor jogador em campo. Tá certo que, logo no início, tivemos um pênalti a nosso favor (se fosse o Barcos, sei não se marcavam). Luan marcou (bem batido, guri) e isso nos deixou mais tranquilos.
Entramos no jogo num 4-3-3, com três volantes no meio, com funções nítidas de auxiliar e revezar com os dois lateralas: Zé Roberto e Matíaz Rodriguez. Por mim, seguem por mais alguns jogos. Vejo potencial nesse esquema. Defensivamente, quase sempre recompomos no 4-1-4-1, com o Ramiro fechando pelo meio e Luan com Dudu abertos. Dudu, principalmente, fez bem a sua função tática. Aliás, Zé, Riveros e Dudu formaram o melhor lado do Grêmio no jogo. A outra lateral precisa de mais treino, visivelmente. Quando Luan ocupava a lateral, Rodriguez não ia pro meio. E o mais estranho é que o Bastos achou um espaço no meio das duas linhas e nunca recebia a bola ali. Dava um pivô bem tranquilo.
A foto é do ano passado. Mas o resultado, quanta diferença! Lucas Uebel no Flickr do Grêmio Oficial
Segundo tempo e eles mudaram um pouco o esquema, saindo das duas linhas de quatro e entrando num 4-2-3-1, indo mais pra cima. Mas quem fez o segundo gol foi a gente. Roubada de bola no na pressão com Bastos, contra ataque, corte do Lucas e chute no cantinho. Não sofremos pra ganhar esse jogo, o que já é uma SENHORA diferença das partidas anteriores (mesmo as que ganhamos). O Grêmio tem esquema e tem organização tática (chupa, galerinha do “7×1-ultrapassado”). E fez o resultado pra coisa não pegar. Agora, calma.
Para o próximo jogo não tem estresse. Dá pra seguir dessa forma, com mais alguns dias de treino. Não precisamos mudar nada – jogar fechados, no contra ataque, contra os líderes do campeonato. Só precisa de alguns ajustes. Contra o Corinthians, aí a coisa muda. Mas vamos um passo de cada vez.
