Grêmio Libertador

Seis de seis

Cá entre nós, eu não esperava um começo tão bom do Grêmio na Copa. Não só pela questão do grupo da morte, mas por ter que iniciar a competição com uma nova filosofia de trabalho, novos contratados e algumas apostas. E o Tricolor fez duas belas partidas, é líder do grupo e nada mais importa.

Do jogo do Uruguai, trouxemos a entrega. Evidente que o time colombiano – bem mais qualificado que o time uruguaio – daria mais trabalho, todavia, corremos pouco perigo. Ou, quando corremos, estava tudo sob controle, digamos assim. Porém, ontem fomos letais. Marcamos três vezes e poderíamos ter marcado mais – coisa que não acontecia em um passado recente.

Quanto a questão defensiva, vale salientar a fragilidade do nosso lado esquerdo, coisa que certamente Enderson irá trabalhar para o próximo confronto. A equipe colombiana, sabedora da qualidade de Wendell no apoio, praticamente só jogou nas costas do lateral, que pouco apoiou – em uma das poucas vezes que esteve no ataque fizemos o segundo gol.

Foto: Lucas Uebel / Site Grêmio

 
Do meio para frente o Grêmio vai bem. A falácia dos três volantes não se sustenta mais. No Uruguai, Ramiro cruzou e Riveros marcou. No primeiro gol de ontem, Riveros estava como centroavante, e quem deu a bola para que Luan marcasse foi Ramiro. Este que fez o segundo gol da vitória. Volante mesmo, só Edinho. E olhe lá, volta e meia ele aparece na frente. É nesta postura da equipe que vemos a mão do técnico.

Zé Roberto mais uma vez teve boa atuação. Barcos cumpriu bem seu papel e por caprichar demais acabou perdendo um gol ‘fácil’. Está perdoado, Pirata! Já Luan, é o toque que faltava ano passado. É o jogador do drible, da vitória pessoal, do toque diferente. É o fator surpresa. Claro que a partir de agora nossos adversários vão marcá-lo cada vez mais de perto e forte, mas pelo que estamos vendo ele tem tudo para continuar a evoluir e dar uma bela resposta no ataque Tricolor.

Ainda do meio para frente, contar com Dudu, Ruiz (que golaço!!!) e Maxi como opções é fundamental para que Enderson possa mudar de esquema, postura e característica do time quando precisar. A vitória nos dá confiança, enche o torcedor de otimismo, mas nada está decidido. Temos que vencer o nosso próximo jogo para que, aí sim, a classificação fique bem encaminhada.

Duas vitórias no grupo da morte. Duas boas atuações. Quatro gols marcados. Nenhum sofrido. Há algo de novo no ar, só não me pergunte o quê.

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