Grêmio Libertador

Senhores do Casarão

O fantasma do velho casarão está se tornando um verdadeiro monstro para os nossos adversários. Não são só paredes. É um ente fantastamagórico que pulsa junto com o time e com a torcida. Que fez um certo argentino que andou de cavalinho no ano passado tirar o cavalinho da chuva, porque aqui os três pontos são nossos. E mais uma vez os comandados do Juarez mostraram isso. Depois de uma improvável derrota, a recuperação. É assim que tem que ser.

Se tem algo que a administração do Odone conseguiu fazer foi trazer novamente o Grêmio para dentro do Olímpico. E não interessa de quem é a culpa. Pela quantidade de gente no Monumental hoje, fica fácil prever que, nesse ritmo, logo o velho casarão voltará a ter suas temporadas de invencibilidade. Quando o time não ajudar, a torcida vai. E vamos ter que ganhar, não importa a bigorna a ser parida.

As atuações não foram acima da média. Controlamos o jogo com segurança e aproveitamos a instabilidade do adversário. Aquilo que um assassino de sangue frio precisa fazer quando conhece o terreno. O único fato sobrenatural foi a metida de bola do Marquinhos para o gol do Escudero (momento piada GLTV – Weide, tu é muito injusto). Aquela bola foi fantástica. Mais ainda ver a movimentação do Gringo – que teve dedo do Juarez, não é? – a matada com um pé e o chute com o outro. Melhoramos também a marcação no meio do campo, e jogando contra dois bons meias, com muito mais roubadas de bola do que a média que tínhamos com Fernando e Rochemback.

O momento cagada foi, na minha opinião, a mudança de esquema para 4-4-2 com três volantes. Ali o Roth avisou: não faremos mais nada. Venham e a gente defende como der. De bom foi a postura do time, que resolveu ficar com a bola ao invés de tomar pressão – o que é um grande salto de qualidade. Temos quinta o Santos, mais um jogo que, creio, vamos ganhar, com muito toque de bola e aproveitando variações para ganhar da defesa deles. Mais um jogo bom para este Grêmio jogar. Acho que podemos crescer na tabela – embora eu fique plenamente satisfeito com a Sulamiranda.

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