Grêmio Libertador

Sim, a culpa é da Geral.

Muitos comentários nos dois posts anteriores da série “A culpa da Geral” acabaram me motivando a escrever o que penso da história toda. Sim, a culpa é, inegavelmente, da Geral. “Ah, mas o cara não era da Geral”. Olha, não faz muito tempo, a BM mandou a Geral cadastrar os seus membros. E o que eles disseram? Que não eram uma torcida organizada, APENAS UM MONTE DE TORCEDORES QUE GOSTAVAM DE TORCER DE UMA MANEIRA ESPECÍFICA. E quem quer que tenha jogado a bomba estava exatamente fazendo isso: torcendo da mesma maneira daquele monte de torcedores da Geral. “Ah, mas não era da Geral”. Bom, então há uma contradição na própria essência do que a torcida fala. Existe, pois, uma maneira de “pertencer” ao grupo. Existe algum rito de entrada (que, no Grêmio, por exemplo, é o contrato assinado pelo jogador, a carteira de trabalho). Nas antigas torcidas era o preenchimento do papel e a emissão da carteirinha, somados à “compra” da camiseta. E pra Geral, só cantar não é o suficiente? O que é preciso fazer para “ser da Geral”?

“A Geral já disse que não foi ela. E o foguete do Grenal veio da Social”. Bem, um imbecil não justifica outro. O problema é que a Geral já transformou em música um episódio de violência em espaço público SEM JUSTIFICATIVA (“Fernando Carvalho/ Foi pedalado”). Fora uma outra musiquinha menos cotada que fala em um certo banheiro químico que foi incendiado por um “alemão”. Nesses casos, que muito imbecil achou engraçadinho, que a crítica foi leve e a punição idem, aí foi a Geral? Agora que ninguém acha graça foi o Joãozinho? Sério, essa postura é ridícula. Se a Geral se enche para dizer que já aprontou  “poucas e boas”, que se orgulha e bota em trapos e músicas, como é que vai controlar alguém que também quer ser “imortalizado” pelo seu episódio de violência gratuita? Que moral tem a Geral para dizer que não tem nada com isso? Muito pelo contrário.

O grande problema da Geral é que ela não cresceu. Não se entende, não se pensa. Ela já é maior que ela mesma. Tem responsabilidades. É um modelo até para os adversários, imagina pros gremistas! E não dá a mínima pra isso. Segue se comportando como uma criança mimada de cinco anos. Assumindo coisas que não foi ela quem fez como suas (as musiquinhas castelhanas, a avalanche, etc) e negando coisas que fez como se fosse culpa de outra pessoa (como botar fogo nas bobinas depois de caírem no gramado com ROJÕES). Ao mesmo tempo, diz que não é organizada enquanto torcida, mas tem “corrente política” dentro do Grêmio e vende produtos com o seu nome. Aliás, quem se importa com o seu nome, se organiza pra evitar que seja manchado por um que outro que “não seja da Geral”.

Ou a Geral se arruma, ou desiste. Como está não dá pra ficar. E, tomara, o Grêmio tome mesmo as 20 partidas que estão especulando. Talvez deixe de ser conivente com isso. Bem como a torcida, que passa a mão na cabeça dessa criança mimada. Por que eles são “massa”, né? Quem sabe eu mesmo não vou lá explodir um bueiro do Beira Rio, né?

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