Grêmio Libertador

Soberbo: Grêmio 3×2 Iquique

Foi uma vitória maiúscula do Grêmio. O resultado não traduziu o jogo. Foi 3×2, mas podia ter sido 8×2. O Iquique não teve nem três chances de gol. Só o Pedro Rocha perdeu 4. Então, embora o momento de melhor futebol do adversário, faltou mesmo foi fazer mais gols quando teve chance. Um primeiro tempo soberbo, um segundo tempo mediano, dá um jogão do Grêmio.

A primeira etapa foi 150% nossa. O Iquique veio claramente para surpreender o Grêmio, que esperava um time no contragolpe (a maior virtude do líder do campeonato chileno). Mas não. Eles vieram para ter posse de bola, para fazer o futebol “estudado na Europa”. Aí o Grêmio de Renato simplesmente engoliu eles. Alternou pressão na saída de bola, avanço dos volantes, teve de tudo na construção dos 3×0. Pedro Rocha começou chutando uma bola muito boa de fora da área. Depois Luan simplesmente fez um golaço, em bola costurada com passe de Milller. Em seguida, abafa na saída, Maicon rouba a bola, Luan recua pro Miller, que toca pro Léo Moura fazer um passe milimétrico para o nosso 7 tocar por cima do goleiro.

Luan: tem quem não goste (coitados). Foto: Lucas Uebel/Grêmio Oficial (via Flickr)

E não parou por aí. Em seguida o Ramiro achou um passe perfeito pro Pedro Rocha, que chutou forte e rasteiro pra defesa do goleiro. Depois, em outra grande bola, sofreu pênalti, convertido pelo Miller, fechando 0 3×0. Ainda tivemos um chute por cima do Edílson e mais uma bola perdida pelo Pedro Rocha. Foi uma lavada.

Entrou o segundo tempo e o Iquique trocou dois jogadores. E totalmente de postura. Para parar de tomar gols, resolveu partir pro contra-ataque. Jogava em 4-3-2-1, com os sete jogadores defensivos jogando muito perto. Aí neutralizaram o ataque do Grêmio. E, quando roubavam a bola, ficavam com dois jogadores no meio das linhas em vantagem contra os nossos volantes. Vendo isso, o Renato resolveu marcar mais e tirou o Léo Moura pra colocar o Michel. A ideia era trazer o Ramiro para ajudar e estancar aquele “pivô” na frente da linha da área.

As chances de gol ainda eram mais nossas, embora sem conseguir tocar a bola (Ramiro chutou e trouxe mais perigo que qualquer jogada do Iquique). Aí veio um escanteio e… gol do adversário. O Grêmio seguiu na mesma toada, perdendo a bola na intermediária defensiva e levando correria na defesa. Mas quando abria o jogo e ia para as pontas, tinha vantagem, abrindo a linha de 3. Tanto que Pedro Rocha teve outra chance de fazer: recebeu em condições, levou a marcação, mas chutou mal e Miller quase conseguiu entrar cabeceando. Renato percebeu isso e chamou o Fernandinho pra jogar com um aberto de cada lado. Mas não deu chance. Em um lance bobo, onde o Grêmio não conseguiu tirar a bola de trás, acabou perdendo a bola pro adversário que fez 1-2 em cima do Edílson e um gol na melhor jogada deles, na nossa defesa desarrumada.

Teve dormida? Teve. Teve queda de rendimento de alguns atletas? Também teve. Mas o que mais teve foi mérito do adversário que entendeu o jogo. Mas, veja bem, O RENATO CONTORNOU com as alterações. Com o espaço aberto pelos dois pontas colocou o Barrios no lugar do Miller e o Grêmio perdeu pelo menos mais três chances claríssimas de gol. Uma com o Luan e duas com o Lucas Barrios. O Iquique continuou sem qualquer outra chance de gol.

Enfim, jogamos MUITO bem nessa partida. O Renato alterou CERTO. E o resultado VEIO: Grêmio líder, 6 pontos, 100% de aproveitamento em DUAS VITÓRIAS SEGUIDAS, com dois bons jogos. Coisa que não tivemos em 2016. Um Grêmio soberbo.

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