Grêmio Libertador

Tchau, Chapecoense

O nosso último encontro com a Chape esse ano deu um gostinho de “ah, já vai? Fica, vai ter bolo”. Duas vitórias contra eles. Dois jogos onde o principal jogador foi o Barcos – com dois gols no primeiro e assistência de cinema ao Luan no segundo. A defesa do goleiro deles foi qualquer coisa, também, viu. Que saída. Mas o Dudu não deixou a jogada ser esquecida e fez o gol com um foguete rasteiro (que ainda bateu na zaga e na trave, pra dar mais emoção). Baita resultado, mesmo em uma rodada não muito boa para nós – importante para essa semi pedreira que enfrentaremos nos próximos três jogos (Fluminense e Botafogo fora, São Paulo em casa).

Emoção essa que faltou na maior parte do jogo. Fui surpreendido na expectativa: esperava o time de Santa Catarina jogando fechado. Como não fizeram, o primeiro tempo acabou ficando fácil, até, com várias chances desperdiçadas. Uma muito boa com o Luan, num contra-ataque, e outra com o Dudu. Nos dois lances, chiadeira total. Na primeira, o Dudu entrava pelo meio. Na segunda, acho que era o Biteco que chegava. Só que, nos dois casos, havia muito espaço para finalizar e foi o que fizeram. Eu acho que fizeram certo. Não dá para ficar pedindo pra passar quando chutam e para chutar quando passam. Tem que se decidir. Eu prefiro o chute a gol, sempre, quando livre daquele jeito. Não houve muita chance dos catarinenses, além de um chute de fora que passou bem perto. E o Zé, quase tirou o atraso dos gols de falta.

Dudu, autor do gol. Foto do Lucas Uebel, via Flickr do Grêmio Oficial

No segundo tempo, a Chapecoense veio pra cima. Aí a gente precisava segurar bem atrás e partir bem para o contra-golpe. Mas acabamos sendo mais envolvidos do que seria normal. Logo no início, Felipão trocou de volante da linha de quatro, botando o Riveros no lugar do Bastos. A intenção provável: parar o meio de campo deles. O resultado não foi exatamente esse. Com três meias, a Chapecoense conseguiu ter a bola por mais tempo, embora sem obrigar o Marcelo a fazer alguma grande defesa. Por outro lado, tivemos várias chances de fazer o gol e matar o jogo. Porém, uma série de erros no fim da jogada levaram o Felipão à loucura.

Tanto que foi xingando muito que ele botou o Fernandinho e, logo depois, o Lucas Coelho. Esse sim, em um contra-ataque quase igual ao que ele meteu uma bola na trave do Santos na quinta, ele perdeu a chance, optando por não passar para o Fernandinho e o Biteco, livres na direita, ao perder a bola para o zagueiro. Não havia garantia que ele conseguiria o arremate, ele acreditou demais no seu futebol, e não foi feliz. No fim, a impressão que me deixou esse jogo foi que, embora o ataque tenha produzido muito mais que nas outras partidas, faltou capricho.

Agora é jogar no contra-ataque no Rio contra o Fluminense, sem Biteco e Geromel. E que sigamos com o bom retrospecto contra os cariocas.

Comparilhe isso: